Brasil, 18 de julho de 2025
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Moody’s eleva nota da Argentina após redução de controles cambiais

A agência Moody’s melhorou a classificação de crédito da Argentina, reforçando a confiança na recuperação econômica do país.

A Moody’s Ratings elevou nesta quinta-feira (17) pela segunda vez em 2025 a nota de crédito da Argentina, passando de Caa3 para Caa1. A mudança reflete a redução dos controles cambiais e o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo comunicado oficial da agência. A perspectiva da nota foi alterada de positiva para estável.

Melhora na avaliação da Argentina e perspectivas

De acordo com a Moody’s, a melhora na classificação ocorre com a diminuição do risco de eventos de crédito, impulsionada pela flexibilização gradual do regime cambial, que tem fortalecido as reservas internacionais do país. A agência destacou que as ações de Milei para conter a inflação e equilibrar as contas públicas têm contribuído para esse cenário positivo, mesmo diante de desafios sociais.

Contexto político e econômico

O presidente Javier Milei tem promovido um choque fiscal para transformar a economia argentina. Analistas e estrategistas elogiam os esforços de Milei para reduzir a inflação mensal para menos de 2%, atingindo a menor inflação anual desde 2020. Além disso, o país deve registrar superávit primário em 2025, o que não ocorria há mais de 15 anos, possibilitando a redução da dívida pública.

A economia argentina voltou a crescer neste ano, com uma expansão de 7,7% em abril, desempenho superior ao esperado. Os títulos argentinos em dólar também valorizam, indicativo de maior confiança dos investidores internacionais. Contudo, Wall Street permanece cautelosa, já que o governo de Milei precisa acumular mais reservas em moeda forte, uma meta que só será atingida quando o peso cair para aproximadamente 1.000 por dólar, atualmente acima de 1.200 pesos.

Desafios e incertezas

A expectativa de apoio político é uma preocupação central, especialmente quanto à capacidade de Milei ampliar sua base no Congresso nas eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para o final de 2025. Esses votos serão decisivos para sustentar a agenda de austeridade adotada pelo governo.

Antes do anúncio da Moody’s, os títulos argentinos em dólar tiveram desempenho inferior ao de países semelhantes, com papéis com vencimento em 2035 caindo 0,6 centavos por dólar, negociados a cerca de 64 centavos, com um retorno de 11,94%. Essa volatilidade demonstra os riscos ainda presentes na confiança dos investidores internacionais.

Implicações para o cenário internacional

A flexibilização cambial e a melhora na classificação de crédito reforçam a visão de recuperação econômica da Argentina, que busca equilibrar reformas estruturais com desafios sociais. A expectativa é que, com apoio do FMI e ações de Milei, o país possa avançar rumo a uma estabilidade maior, embora ainda enfrente obstáculos importantes para consolidar seus avanços.

Para mais detalhes sobre o contexto e as perspectivas argentinas, acesse a fonte original.

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