Brasil, 17 de julho de 2025
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Lula cobra mobilização da esquerda para eleições de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância da esquerda se unir para conquistar mais cadeiras no Congresso nas próximas eleições.

Na manhã desta quinta-feira, durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune) em Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou a necessidade urgente de mobilização da esquerda nas eleições de 2026. Lula alertou que, sem um aumento efetivo no número de representantes no Congresso Nacional, será difícil implementar as mudanças que o Brasil precisa. Seu discurso focou na importância de refletir sobre a trajetória e as estratégias políticas dos partidos de esquerda para que possam conquistar mais cadeiras e, consequentemente, ter mais influência nas decisões governamentais.

A necessidade de uma maioria no Congresso

Durante o evento intitulado “O Brasil se une pela soberania”, Lula expressou sua preocupação com a atual representatividade da esquerda, afirmando que o partido não possui hoje a maioria necessária para aprovar legislações que atendam aos interesses populares. “A esquerda toda que está aqui não tem mais a maioria no Congresso Nacional e para a gente aprovar alguma coisa tem que ter pelo menos metade. A gente precisa transformar nossos sonhos em ações”, destacou o presidente.

Ele também fez uma reflexão crítica sobre como o PT, que já elegeu um presidente cinco vezes, atualmente conta com apenas 70 deputados. “Precisamos entender porque o povo não está votando em nós e qual é a nossa estratégia para virar esse quadro”, ressaltou Lula.

Definindo metas e estratégias

Além de convocar uma mobilização mais ampla, Lula pediu que a esquerda estabeleça metas claras para as eleições que se aproximam. “Logo logo estaremos em ano eleitoral e precisamos saber com quantos deputados e senadores queremos sair quando abrir as urnas. Se não mudarmos a estratégia, vamos ter sempre dificuldade”, afirmou o presidente, sinalizando a necessidade de reavaliar a relação dos partidos de esquerda com a população. Esta visão implica um forte compromisso não apenas com as eleições, mas com a construção de uma comunicação mais eficaz com o eleitorado.

Um contexto político desafiador

A presença de Lula em Goiânia, uma região tradicionalmente adversa ao governo atual, também foi marcada por tensões. O estado é governado por Ronaldo Caiado (União Brasil), um político de direita que já é visto como possível concorrente em 2026. Durante o evento, houve momentos de conflito, como a discussão entre estudantes e um apoiador de Jair Bolsonaro, o que evidencia o ambiente polarizado em que Lula e sua administração estão inseridos. Vale lembrar que Bolsonaro obteve uma expressiva vitória na capital goiana nas eleições passadas, com 63,95% dos votos.

Demandas dos estudantes

A visita de Lula ao Congresso da UNE foi interpretada como uma oportunidade crucial para a juventude brasileira cobrar do governo uma maior atenção à educação. A entidade enfatizou a importância do momento, afirmando que é fundamental discutir os direitos dos estudantes e a necessidade de mais investimentos nas universidades e institutos de ensino. “É uma oportunidade geracional de olharmos nos olhos do presidente e cobrarmos aquilo que é nosso por direito”, exclamou a UNE nas redes sociais.

Os estudantes aproveitaram a ocasião para se manifestar sobre questões prementes, como a demanda por um bandeijão nas universidades e a crítica à negativa de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. As vozes da juventude se uniram, ecoando em apoio a mudanças significativas na esfera educacional e política do país.

Em suma, Lula mostrou-se decidido a inspirar a luta da esquerda e a mobilizar a juventude brasileira. O desafio será converter essa energia em resultados concretos nas eleições de 2026, onde a mobilização e as estratégias serão peças fundamentais para a reconstrução da representatividade da esquerda no Brasil.

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