Durante episódio do podcast The Joe Rogan Experience nesta terça-feira, o apresentador Joe Rogan criticou duramente a administração Trump por sua postura de sigilo sobre os arquivos relacionados à investigação de Jeffrey Epstein. Rogan, que apoiou Donald Trump na campanha de 2024, questionou a mudança de posição do Departamento de Justiça e do FBI, que agora afirmam não haver evidências de uma lista de clientes blackmailing influentes.
Críticas à suposta ocultação de provas
Rogan destacou que o governo anterior insistia possuir provas inéditas contra Epstein, incluindo vídeos de crimes na ilha do financista. “Eles têm vídeos e de repente não têm mais?”, questionou o apresentador, referindo-se às declarações do diretor do FBI, Kash Patel, em entrevista a Rogan, de junho, na qual afirmou que, se existissem vídeos, nada relevante estaria neles.
Na ocasião, Patel afirmou ainda que não há provas de pessoas cometendo crimes na ilha de Epstein, contrariando versões anteriores de figuras como a ex-advogada do FBI, Pam Bondi, que sugeriu a existência de milhares de horas de vídeos envolvendo delitos sexuais. Bondi chegou a mencionar, em entrevista à Fox News, que tinha uma suposta lista de clientes de Epstein na sua mesa.
Questionamentos e suspeitas
Rogan afirmou estar desconfiado da justificativa do governo e até sugeriu que a mudança de narrativa possa ter um propósito político, inclusive relacionando a recente ação militar dos EUA contra o Irã como uma possível distração. “Só bombarem o Irã. Assim todo mundo esquece”, disse Rogan, demonstrando ceticismo sobre as versões oficiais.
Repercussão de aliados e apoio ao presidente
Além de Rogan, o comediante e podcaster Andrew Schulz também criticou a administração Trump por supostamente encobrir uma “rede global de pedofilia e chantagem”. Ambos, considerados influentes na divulgação de opiniões favoráveis a Trump, vêm redobrando a força contra o governo nas últimas semanas.
Recentemente, Rogan criticou a política de imigração de Trump, chamando-a de “insana”, enquanto Schulz afirmou que o presidente estaria “fazendo o oposto” do que apoiava ao seu voto inicialmente. Na última quarta-feira, Trump pediu que seus apoiadores “esquecessem” a controvérsia envolvendo Epstein, acusando o assunto de ser um “hoax” e declarando que não deseja mais o apoio deles.
Perspectivas futuras e impacto político
A controvérsia sobre os arquivos de Epstein continua a dividir opiniões e alimenta suspeitas de encobrimento por parte do governo. Especialistas avaliam que a postura de sigilo pode prejudicar a credibilidade das instituições e aumentar a desconfiança pública.
O episódio evidencia como o tema Epstein permanece em evidência, influenciando debates sobre justiça, poder e transparência no cenário político americano. A expectativa é que novas revelações ou esclarecimentos possam ocorrer nos próximos meses, à medida que crescem as demandas por responsabilização.