Durante episódio recente de seu podcast «The Joe Rogan Experience», Joe Rogan condenou a administração Trump pela decisão de não liberar mais documentos relacionados às investigações de Jeffrey Epstein, questionando a veracidade das alegações anteriores do governo sobre possíveis provas escondidas.
Rogan questiona a mudança na postura do governo sobre Epstein
O comediante, que apoia Donald Trump nas eleições de 2024, expressou surpresa com a recente audiência do Departamento de Justiça e FBI, ao afirmarem que não há evidências de uma lista de clientes do financieres que pudesse servir de chantagem. Rogan destacou a contradição com declarações anteriores, quando autoridades defendiam a existência de vídeos e provas contundentes.
“Eles têm vídeos, e de repente não têm mais? O diretor do FBI na época, Kash Patel, disse que se houvesse vídeos, nada se encontraria neles”, afirmou Rogan, referindo-se a entrevista do diretor ao seu podcast em junho. “Por que disseram que tinha milhares de horas de vídeos de coisas horríveis se, na verdade, não há? E a procuradora-geral Pam Bondi, não falou que revisavam ‘tens de milhares de vídeos’?”
Declarações contraditórias e especulações
Bondi, ex-procuradora, criou polêmica ao mencionar em fevereiro que havia uma lista de Epstein na sua mesa, além de afirmar que o FBI analisava vídeos com supostos crimes envolvendo menores. A Casa Branca posteriormente minimizou o episódio, afirmando que ela se referia unicamente aos arquivos gerais do caso Epstein. Rogan também levantou suspeitas de possível distração, sugerindo que ataques a Iran em junho possam ter sido uma tentativa de desviar a atenção do escândalo.
“Não vou mentir, estou desconfiado. Como posso confiar na versão oficial? Parece que alguém tentou nos enganar, e eles continuam mudando de história”, completou Rogan, que também criticou a postura do governo diante do tema. “Acho que querem fazer a gente esquecer disso com outra coisa”, sugeriu, rememorando a intervenção militar na condição de distração pública.
O apoio e críticas de aliados apoiadores de Trump
Outro influente apoiador de Trump, o comediante e podcaster Andrew Schulz, também afirmou que o governo estaria encobrindo um suposto «anel global de pedofilia», o que aumentou a controvérsia. Schulz, que ajudou a consolidar a volta de Trump ao poder segundo analistas, declarou recentemente que o presidente estaria agindo “ao contrário de tudo que apoiou”.
Na quarta-feira, Trump pediu que seus apoiadores deixassem de lado a controvérsia Epstein, acusando as acusações de serem uma «fraude» e afirmando que não deseja mais o apoio deles. Ele declarou ainda: “Não quero o apoio que vocês me dão agora, acho que tudo isso é um boato.”
Perspectivas futuras e impacto público
A contínua controvérsia sobre os documentos de Epstein reflete a complexidade do caso e a polarização em torno do tema. Com as declarações conflitantes das autoridades e o apoio de figuras influentes como Rogan e Schulz, o episódio mostra como a narrativa do caso Epstein permanece viva na discussão pública, alimentando desconfiança e teorias conspiratórias.
Especialistas afirmam que a transparência sobre as investigações ainda é uma demanda da sociedade, e que novas revelações podem vir a influenciar o cenário político no futuro. Por enquanto, as dúvidas continuam, e o debate sobre o que foi escondido mantém acesa a atenção do público.