Brasil, 17 de julho de 2025
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Índice Geral de Preços recua 1,65% em julho, puxado por queda ampla na cadeia produtiva

Desaceleração nos preços ao produtor e consumidor aponta para possíveis reduções de preços ao consumidor nos próximos meses

O Índice Geral de Preços (IGP-10) teve uma queda de 1,65% em julho, indicando uma desaceleração geral nos preços de toda a cadeia produtiva, segundo dados divulgados nesta semana. O recuo foi impulsionado por uma redução significativa no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que abrange toda a produção, incluindo matérias-primas e bens intermediários.

Queda na cadeia produtiva e impacto no preço ao consumidor

Durante o mês, houve uma redução acentuada em todos os estágios do processo produtivo, especialmente no grupo de matérias-primas. O café foi destaque como principal responsável pelo recuo de 2,42% do IPA, que muitas vezes foi considerado vilão da inflação anteriormente. No âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a maior influência veio da redução no valor da gasolina, que deixou a inflação de 0,28% para 0,13%, apontando desaceleração nos preços ao consumidor.

Desaceleração na construção civil e expectativa de repasse

Além do setor de alimentos, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) também sinalizou desaceleração, com alta de 0,57% após 0,87% em junho, refletindo menor pressão nos custos de mão de obra. Segundo o economista Matheus Dias, pesquisador do FGV Ibre, essa tendência de queda nos preços ao produtor deve se refletir de forma mais intensa no varejo, especialmente em bens finais como alimentos. “Há uma disseminação de queda em todas as cadeias produtivas”, afirmou Dias.

Impulso para preços finais e considerações de mercado

Segundo Dias, a maior disseminação de queda de preços costuma ocorrer no grupo de alimentos devido à maior proporção de repasse do produtor para o consumidor. Ele explica que, embora a redução no preço ao produtor inicialmente impacte o varejo, a complexidade aumenta em itens industriais duráveis, cujo repasse depende de condições de mercado e níveis de estoque, podendo haver atraso na transmissão do movimento.

Dados acumulados e perspectivas futuras

Nos acumulados do ano, o IGP-10 apresenta uma variação negativa de 1,42%, enquanto em 12 meses a alta é de 3,42%. Em julho de 2024, o índice havia subido 0,45% no mês, com uma alta de 3,38% em 12 meses, indicando uma trajetória de desaceleração constante. A expectativa é de que a redução de preços ao longo da cadeia produtiva leve a uma maior diminuição nos preços ao consumidor nos próximos meses.

Para mais detalhes, consulte a fonte original.

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