As empresas Eldorado e Suzano, principais concorrentes no mercado de celulose, firmaram um contrato de permuta de “madeira em pé”, ou seja, árvores ainda na floresta, antes de serem cortadas. O acordo prevê que cada companhia terá acesso a volumes específicos de madeira nas propriedades da adversária, seguindo um cronograma estabelecido em contrato.
Permuta de ativos florestais na prática
Denominado de “swap” de madeira em pé, o contrato envolve ativos florestais das duas empresas no Mato Grosso do Sul. Segundo informações disponíveis, a operação não envolve transferência de propriedade ou arrendamento das florestas, limitando-se ao usufruto das áreas. A madeira extraída será utilizada exclusivamente como insumo na produção de celulose, sem destinar excedentes ao mercado.
Impacto no mercado de celulose
A iniciativa acontece poucos meses após a assinatura de um acordo entre a J&F — holding controlada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, também acionistas da JBS — e o grupo Paper Excellence. O entendimento pôs fim a uma disputa de oito anos pelo controle da Eldorado, com a J&F adquirindo uma participação de 49,41% da companhia por US$ 2,64 bilhões (R$ 15 bilhões) e assumindo a gestão total.
Contexto e perspectivas
O novo contrato de permuta reforça a estratégia de colaboração e otimização de recursos entre rivais do setor de papel e celulose. Especialistas avaliam que ações desse tipo podem influenciar positivamente a cadeia produtiva, ao garantir maior eficiência na exploração florestal e na gestão dos ativos florestais.
Segundo fontes do mercado, essas operações sinalizam uma tendência de maior cooperação entre concorrentes, com foco em sustentabilidade e na redução de custos de produção. A troca de madeira em pé também busca evitar o desperdício e promover o uso racional dos recursos naturais.
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