A Casa Branca, nesta quinta-feira (17), tentou encerrar o debate sobre o envolvimento do presidente Donald Trump no caso Jeffrey Epstein, rejeitando pedidos de membros de sua base política por um procurador especial e interpretando suas recentes declarações sobre a “farsa Epstein” como uma crítica aos democratas, e não uma tentativa de desconsiderar os crimes do financista.
Decisão de não liberar mais arquivos do caso Epstein
Diante de perguntas na coletiva de imprensa, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o governo não possui autoridade sobre a liberação de documentos sigilosos relacionados ao caso Epstein, atribuindo essa responsabilidade ao Departamento de Justiça e ao sistema judiciário.
“Em relação às redações ou aos sigilos de grande júri, essas são questões para o Departamento de Justiça, assim como para os juízes que detêm essa informação sob sigilo”, explicou Leavitt. “Isso está fora do controle do presidente.”
Reação da base de Trump e críticas internas
As declarações da Casa Branca ocorreram em meio à insatisfação de apoiadores mais fiéis ao ex-presidente, após o Departamento de Justiça anunciar, neste mês, que não há uma “lista de clientes” vinculada a Epstein, morto em prisão preventiva, e que nem novas acusações nem documentos adicionais seriam divulgados.
Integrantes da base de Trump, incluindo deputados como Lauren Boebert e Marjorie Taylor Greene, têm cobrado uma maior transparência, acreditando que informações potencialmente comprometedores ainda podem estar ocultas.
Trump e o apoio à transparência
Leavitt declarou que o presidente apoia a transparência “caso o procurador-geral e o Departamento de Justiça encontrem novas evidências confiáveis”.
Por outro lado, ela reforçou que Trump não considera necessário nomear um procurador especial, afirmando: “O presidente não recomenda um procurador especial no caso Epstein. Essa é a posição dele.”
Defesa da administração e reações controvérsicas
A porta-voz elogiou as ações de nomes ligados ao governo, como a procuradora geral Pam Bondi e o diretor do FBI Kash Patel, que conduziram uma revisão minuciosa dos arquivos durante o segundo mandato de Trump.
“Eles passaram meses analisando todos os documentos relacionados a Jeffrey Epstein”, afirmou Leavitt. “O presidente foi transparente e cumpriu suas promessas ao povo americano”, acrescentou, criticando a cobertura da mídia democrata sobre o tema.
Apesar esforço para conter o debate, figuras proeminentes na ala conservative, como o ex-general Michael Flynn, Charlie Kirk e Benny Johnson, continuam a criticar a postura de Trump e a postura da administração sobre a liberação dos documentos, demonstrando a tensão interna dentro do movimento MAGA.