Brasil, 17 de julho de 2025
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Brasil irá cobrar impostos de big techs em evento da UNE

O presidente Lula anunciou que o Brasil começará a tributar empresas digitais americanas durante o Congresso da UNE, em Goiânia.

Goiânia – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (17), que o Brasil começará a cobrar impostos de empresas digitais norte-americanas que operam no território nacional. A medida refere-se principalmente às chamadas big techs, como Google e Meta, que controlam plataformas de grande alcance. Essa declaração foi feita durante a abertura do 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), realizado em Goiânia.

“No passado, um ex-presidente dos Estados Unidos disse que não queria que as empresas americanas fossem taxadas no Brasil. É fundamental entender que a soberania de um país é a soberania do seu povo. Por isso, vamos realizar discussões e implementar a cobrança de impostos sobre essas empresas digitais”, discursou Lula.

O Congresso da UNE e sua relevância

O 60º Congresso da UNE reúne mais de 15 mil universitários de diversas regiões do Brasil. Realizado em um dos bastidores políticos mais importantes do país, o evento é um espaço privilegiado para a discussão de pautas sociais e culturais entre jovens lideranças e políticos.

O estado de Goiás, onde o evento acontece, tem uma significativa importância histórica. É o local natal de Honestino Guimarães, ex-presidente da UNE e símbolo da resistência estudantil durante a ditadura militar, que está desaparecido desde essa época.

O evento se configura, portanto, não apenas como um espaço de debates, mas também como um tributo à memória do movimento estudantil e suas lutas passadas.

Além de focar na necessidade de tributação das big techs, Lula também discursou sobre a importância de combater a desinformação e o ódio nas redes sociais. “Não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, se promova desinformação e violência, especialmente contra as crianças e mulheres”, ressaltou o presidente.

Tragédia no caminho para o Congresso

Infelizmente, o Congresso também foi marcado por uma tragédia. Na madrugada de quarta-feira (16), um acidente entre uma carreta, um micro-ônibus e um ônibus resultou na morte de cinco pessoas na BR-153, em Porangatu, Goiás. Entre as vítimas estavam três estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e um motorista da instituição.

As vidas perdidas incluem:

  • Welfesom Campos Alves, militante da União da Juventude Rebelião (UJR) e do partido Unidade Popular (UP)
  • Leandro Souza Dias, também da UJR e da UP
  • Ana Letícia Araújo Cordeiro, estudante da UFPA
  • Ademilsom Militão, motorista e servidor da UFPA

As vítimas estavam a caminho do Congresso da UNE e sua morte gerou comoção entre os presentes no evento e em todo o país. A perda foi lembrada nas discussões sobre segurança e responsabilidade nas estradas.

Expectativas do evento

O Congresso da UNE é uma vitrine para o futuro político e social do Brasil. Durante o evento, os jovens discutem não só propostas para a presente realidade, mas também visões para o futuro do país. As deliberações feitas nesse encontro têm o potencial de moldar políticas públicas em um Brasil que enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito à educação, direitos humanos e liberdade de expressão.

Os participantes também expressaram suas opiniões por meio de cartas e protestos, abordando temas críticos como a influência dos Estados Unidos nas questões internas do Brasil e a necessidade de independência nas decisões políticas e econômicas.

Enquanto o evento avança, as discussões sobre a tributação de big techs e as implicações políticas e econômicas dessa decisão continuam a ser um dos principais focos de atenção. A presença de Lula e a sua disposição em dialogar com a juventude brasileira reforçam a importância do protagonismo dos jovens nas transformações sociais do país.

O Congresso da UNE, portanto, não se limita a ser uma mera reunião estudantil; é um espaço onde se reconfiguram identidades, se reúnem lutas e se planeja o futuro do Brasil. As expectativas são altas, e o impacto das decisões tomadas neste evento será sentido por anos a fio.

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