Brasil, 17 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bolsonaro defende permanência de Eduardo nos EUA e Flávio apoia decisão

Ex-presidente argumenta que filho é mais útil fora do Brasil enquanto irmão aconselha respeito ao prazo de licença.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou apoio à permanência de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, mesmo após o término do prazo regimental para seu afastamento, que termina neste domingo. A preocupação gira em torno da possibilidade de cassação do mandato do parlamentar, caso informe mais faltas a sessões legislativas. Enquanto Eduardo se mostra resistente a renunciar, seu irmão e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que ele cumpra o prazo estipulado antes de tomar uma decisão definitiva.

Eduardo Bolsonaro e as implicações da licença

Desde março, Eduardo Bolsonaro está licenciado de seu cargo no Congresso. A expectativa atualmente é que, após a expiração do prazo de licença, ele ainda possa faltar às sessões por mais tempo, evitando uma possível cassação imediata de seu mandato. Flávio ressaltou que não há necessidade de uma decisão apressada.

— Depois do prazo da licença, ele ainda poderia faltar às sessões, ainda teria muito prazo para se decidir. Não é algo para ser decidido agora, ele pode cumprir este prazo até o fim — explicou o senador.

Bolsonaro defende permanência no exterior

Jair Bolsonaro, ao comentar a situação de seu filho, fez uma declaração polêmica sobre o retorno de Eduardo ao Brasil. Ele disse que o filho “não vem pra cá, ele vai ser preso no aeroporto”, insinuando que o deputado teria melhores condições de atuação fora do Brasil, mesmo permanecendo licenciado de sua função.

— Com todo o respeito aos parlamentares presentes, ele é mais útil lá fora do que cumprindo mandato — afirmou o ex-presidente após uma reunião com Flávio.

Crise com o governo de São Paulo e diálogo com os EUA

A permanência de Eduardo nos EUA também está ligada a uma crise envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). O ex-presidente encorajou Tarcísio a buscar uma saída para o “tarifaço”, imposto pelo governo americano sobre produtos brasileiros.

O governador procurou o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), buscando uma autorização para que Bolsonaro negociasse diretamente com o presidente norte-americano, Donald Trump.

— Tarcísio está fazendo a parte dele, parabéns pro Tarcísio. Ele está buscando apoio dos exportadores, é uma voz importante no estado de São Paulo, que tem quase 40% do PIB — disse Jair Bolsonaro, acrescentando que ele acredita que a questão não será resolvida apenas por meio de Trump, mas sim de um esforço maior em conjunto.

Negação de envolvimento em negociações

Bolsonaro também aproveitou a ocasião para negar seu envolvimento nas conversas que levaram à taxação de produtos brasileiros, uma questão que tem gerado tensões política e econômica entre Brasil e Estados Unidos.

— Se eu fosse o presidente, o acordo já teria sido feito, nos moldes da Argentina, onde 80% dos produtos não são taxados. Se o Lula me devolver o passaporte, eu negocio o tarifaço com o Trump — desabafou Bolsonaro, colocando em evidência sua indiferença em relação à atual administração.

Perguntas sobre o futuro político de Eduardo Bolsonaro

Ao se considerar o futuro político de Eduardo, a situação se torna ainda mais complexa, visto que sua licenças podem ser vistas como uma forma de se esquivar de responsabilidades no Brasil. O posicionamento de Jair Bolsonaro levanta questões sobre o apoio familiar e as estratégias políticas em tempos de incerteza.

Assim, o próximo período será crucial para entender que rumo Eduardo Bolsonaro tomará e como sua presença ou ausência impactará o cenário político brasileiro, especialmente com as eleições que se aproximam. O discurso da família Bolsonaro sobre o potencial de atuação fora do país também causa um divisor de águas no debate sobre a eficácia e a moralidade da participação política.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes