Após uma temporada vitoriosa na Women’s Super League e na Liga dos Campeões feminina, o Arsenal Femenino já mira o futuro e dá um grande passo em direção a novas conquistas. A novidade é a chegada da jovem e promissora atacante canadense Olivia Smith, de apenas 20 anos, que foi contratada do Liverpool por aproximadamente 1 milhão de libras, o que equivale a cerca de R$ 7,48 milhões. Com essa contratação, Smith se torna a maior transferência da história do futebol feminino, uma marca significativa que reflete a crescente valorização das atletas no cenário esportivo.
A transferência histórica
Esta transação marca uma nova era no futebol feminino, sendo a primeira vez que uma contratação ultrapassa a casa dos seis dígitos, considerando a cotação da libra esterlina. Até então, o recorde era de 250 mil euros, valor pago pelo Chelsea para trazer Pernille Harder em 2020. Em apenas cinco anos, o valor das transferências no futebol feminino quadruplicou, com o cenário atual demonstrando um aumento substancial no investimento nas jogadoras.
Smith desbancou a zagueira norte-americana Naomi Girma, que havia transferido do San Diego Wave para o Chelsea em uma negociação que custou 800 mil libras. Essa rápida mudança nos recordes de transferência evidencia um mercado em expansão e cada vez mais competitivo, onde as jogadoras estão sendo cada vez mais reconhecidas pelo seu valor em campo.
O futuro de Olivia Smith no Arsenal
O Arsenal não divulgou detalhes sobre a duração do contrato com Olivia Smith, mas enfatizou que a intenção é contar com a atleta a longo prazo. Com a camisa 15 em mãos, Smith já possui uma trajetória robusta no futebol, tendo começado sua formação nas categorias de base no Canadá e depois se destacando em equipes universitárias nos Estados Unidos antes de chegar à Europa. Em sua passagem pelo Liverpool, acumulou 25 gols e 10 assistências em 43 partidas, provando ser uma jogadora decisiva e de grande influência em campo.
Além dos feitos em clubes, Smith também carrega a honra de ser a jogadora mais jovem a defender a seleção canadense. Estreou com apenas 15 anos no Torneio Internacional de Yongchuan, onde infelizmente sua equipe foi derrotada pelo Brasil por 3 a 0. Em sua trajetória pela seleção, Olivia participou de 15 partidas, anotando quatro gols e três assistências, mostrando que o futuro do futebol feminino pode estar em boas mãos com atletas como ela.
O mercado em evolução
O aumento dos valores das transferências femininas reflete um mercado em crescimento e a valorização das mulheres no esporte. Mudanças de paradigma são cada vez mais frequentes, e a chegada de jogadores como Olivia Smith ao Arsenal não é apenas uma vitória para o clube, mas também um passo significativo para o esporte como um todo. O cenário atual demonstra que ações concretas estão sendo tomadas para proporcionar um ambiente mais justo e igualitário para todas as atletas, cujos talentos e esforços têm sido reconhecidos e recompensados adequadamente.
Top-10 de maiores transferências do futebol feminino
- Naomi Girma (EUA): San Diego Wave (EUA) para Chelsea – 1,05 milhão de euros (2025)
- Racheal Kundananji (Zâmbia): Madrid CFF para Bay FC (EUA) – 805 mil euros (2024)
- Barbra Banda (Zâmbia): Shanghai Shengli (CHI) para Orlando Pride (EUA) – 681 mil euros (2024)
- Keira Walsh (Inglaterra): Barcelona para Chelsea – 550 mil euros (2025)
- Keira Walsh (Inglaterra): Manchester City para Barcelona – 470 mil euros (2022)
- Priscila (Brasil): Internacional para Club America (MEX) – 448 mil euros (2024)
- Mayra Ramirez (Colômbia): Levante para Chelsea – 450 mil euros (2024)
- Lena Oberdorf (Alemanha): Wolfsburg para Bayern de Munique – 450 mil euros (2024)
- Kika Nazareth (Portugal): Benfica para Barcelona – 400 mil euros (2024)
- Ewa Pajor (Polônia): Wolfsburg para Barcelona – 400 mil euros (2024)
Esse novo panorama é um sinal claro de que o futebol feminino está consolidando seu espaço no esporte e, com investimentos como o do Arsenal na contratação de Olivia Smith, o futuro só parece promissor para as atletas e para o esporte como um todo.
