“Todo mundo tem um plano até levar o primeiro soco na cara”, essa famosa frase de Mike Tyson é uma perfeita ilustração do que aconteceu com o Vasco na última terça-feira, 15 de julho, durante a partida contra o Independiente del Valle pela Copa Sul-Americana. O técnico Fernando Diniz entrou em campo com a intenção de utilizar uma formação inovadora, com dois atacantes, Vegetti e Gustavo Souza, o GB. No entanto, a rápida expulsão do lateral-esquerdo Lucas Piton logo aos 11 minutos de jogo desmoronou todo o planejamento e deixou a equipe vascaína em uma situação extremamente complicada. Diante de um massacre em campo, o Vasco acabou perdendo por 4 a 0, um placar que poderia ter sido ainda mais elástico.
Desdobramentos da expulsão e a partida
A expulsão ocorreu após uma falta contundente de Piton no meia Guagua. Inicialmente, o árbitro aplicou um cartão amarelo, mas ao rever a jogada no VAR, decidiu mudar a punição para vermelho. Com um jogador a menos, Diniz precisou tomar decisões difíceis e optou por reforçar a defesa, sacando o atacante GB do jogo. Apesar da adversidade, o Vasco conseguiu criar as duas melhores chances da partida pouco depois da expulsão, com Rayan e Paulo Henrique, que quase empataram o confronto.
À medida que o jogo avançava, o Independiente del Valle começou a pressionar mais, com o Vasco recuando para se proteger. Spinelli teve uma boa oportunidade, cabeceando forte na barra, mas a defesa vascaína conseguiu evitar o gol. Léo Jardim, o goleiro vascaíno, mostrou qualidade ao defender um chute de Guagua, mas não poderia evitar o desenrolar do placar. Nos acréscimos do primeiro tempo, Carabajal aproveitou uma sobra e abriu o placar para os equatorianos.
Um segundo tempo devastador
No retorno do intervalo, o Vasco não conseguiu reagir. O ritmo do time estava alarmantemente baixo, seja pelo cansaço ou pela desmotivação após sofrer um gol no último instante do primeiro tempo. A equipe equatoriana, por sua vez, parecia cada vez mais confiante e sob pressão, conseguiu ampliar o placar com um gol de Mercado, resultado de um passe tranquilo entre Spinelli e Mercado sem qualquer pressão do lado vascaíno.
O clima não melhorou para o Vasco, que viu o segundo gol logo em seguida, não conseguindo reagir ao domínio de bola que, em certos momentos, chegou a ultrapassar 80% a favor dos equatorianos.
Nos minutos finais, depois de várias tentativas de ataque, o Independiente finalmente marcou o quarto gol, resultado de uma jogada que começou com Toque na área vascaína, ensaiando os ataques até Mercado finalizar com precisão.
Uma jogada que quase resultou em um quinto gol foi anulada por impedimento, enquanto Diniz se viu impotente, perdendo toda a energia que tinha antes. A decepção também foi notável quando o goleiro vascaíno conseguiu defender um pênalti batido por Cazares, evitando que a contagem se tornasse ainda mais vexatória.
Próximos desafios do Vasco
Após esse revés, o Vasco agora enfrenta um desafio ainda maior: reverter o placar na partida de volta, marcada para o dia 22 de julho. A equipe precisa, ao menos, vencer por 4 a 0 para forçar a disputa por pênaltis. O clima dentro do elenco, que já enfrenta pressões internas considerando a proximidade da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, só agrega mais tensões ao ambiente. No próximo sábado, o Vasco terá de se concentrar para o jogo contra o Grêmio, que também será crucial para sua corrida pela sobrevivência na Série A.
Com dificuldades em campo e um futuro incerto, o que se espera do Vasco é uma resposta imediata e forte, não apenas na Sul-Americana, mas também na competição nacional.