O torcedor do Vasco da Gama viveu uma montanha-russa de emoções na noite da última terça-feira durante o confronto contra o Independiente del Valle, pelas semifinais da Copa Sul-Americana. Depois de um começo promissor, a equipe carioca acabou se afundando em mais uma derrota amarga, desta vez por 4 a 0. A expulsão de Lucas Piton aos 11 minutos da partida acabou sendo um divisor de águas, levando o time a uma situação insustentável em campo.
Um começo otimista e um golpe devastador
Nos primeiros dez minutos, havia esperança no ar entre os torcedores, especialmente após a derrota frustrante no clássico contra o Botafogo. No entanto, a expulsão precoce de Piton, que foi punido com cartão vermelho após infração em Guagua, mudou radicalmente o cenário. Desde então, o Vasco teve que lidar com a pressão do time equatoriano, que intensificou sua ofensiva durante praticamente toda a partida.
A necessidade de recuperar uma desvantagem de quatro gols se tornou clara. Para continuar na competição, o Vasco precisa não apenas vencer, mas fazer isso com uma margem considerável. Para selar a classificação para as oitavas de final, o time precisará devolver os quatro gols no jogo de volta, em São Januário.
Desorganização e falta de opções comprometem o desempenho
Com um jogador a menos, o técnico Fernando Diniz tentou reformular sua estratégia, colocando Victor Luis em campo para reforçar a defesa em vez de manter o jovem atacante GB. Apesar das tentativas, o time se mostrou vulnerável, especialmente na bola aérea, um ponto fraco amplificado pela altitude de Quito, que supera os 2.800 metros.
A pressão do Del Valle foi inegável e chegou a fazer o goleiro Léo Jardim trabalhar intensamente, com defesas importantes. Contudo, a equipe não conseguiu segurar o ímpeto equatoriano, que abriu o placar aos 45 minutos do primeiro tempo com um gol de Carabajal, aproveitando um rebote na área.
A esperança se esvai e erros se acumulam
O segundo tempo foi marcado por uma completa falta de organização tática. Assim como no clássico anterior, erros básicos se acumularam, levando à goleada. Diniz ainda tentou ajustar o time, colocando o zagueiro Mauricio Lemos, mas isso não foi suficiente para conter os ataques decisivos do Del Valle, que ampliou a vantagem com mais três gols.
As falhas defensivas ocorreram em momentos cruciais, permitindo que o time equatoriano conseguisse fácil acesso à área vascaína. Mesmo após a defesa de um pênalti nos acréscimos, o estrago já estava feito. A derrota por 4 a 0 acentua as dificuldades que o Vasco enfrenta, não apenas nesta competição, mas em sua trajetória no futebol brasileiro.
Vislumbrando o futuro
Diante de um cenário tão desanimador, questionamentos sobre a capacidade do elenco e a gestão financeira do clube começaram a emergir. Em entrevista, Diniz foi claro ao mencionar as limitações financeiras que o clube enfrenta, dificultando contratações que poderiam reforçar a equipe. A pressão aumenta, e a torcida precisa encontrar alguma esperança de que uma mudança está a caminho.
Após a partida, o foco agora se volta para o próximo jogo. Com a situação crítica, resta saber se o Vasco conseguirá se reencontrar e vencer com a diferença necessária para continuar sonhando na Sul-Americana. A torcida espera que, assim como nos tempos melhores, o cruz-maltino se levante e mostre luta.
No entanto, a fragilidade exibida tem deixado muitos alarmados. Para a próxima partida, o Vasco precisará mais do que nunca não só de habilidade, mas de estratégia e, principalmente, confiança de seus jogadores para um possível retorno aos trilhos desejados.