Brasil, 17 de julho de 2025
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Trump faz promessas não cumpridas e finge ter entregado o que não fez

O ex-presidente Donald Trump tenta enganar o público ao alegar que cumpriu promessas de campanha, apesar de não ter realizado as ações prometidas.

Donald Trump tem se dedicado a afirmar, de forma falsa e categórica, que cumpriu várias promessas feitas durante sua campanha à reeleição em 2024, mesmo não tendo concretizado essas ações. Essas afirmações ocorrem enquanto ele tenta recuperar a presidência após perder em 2020, e suas declarações incluem alegações sobre impostos e benefícios sociais que não correspondem à realidade.

Promessas não cumpridas sobre impostos e benefícios sociais

Em uma postagem nas redes sociais na última terça-feira, Moreno afirmou que, diferentemente dos democratas, que criaram um crédito fiscal de US$7.500 para veículos elétricos, Trump e os Republicanos estariam oferecendo esse valor a famílias comuns. No entanto, essa alegação é infundada, já que o pacote aprovado pelo Congresso apenas fornece ajuda temporária e parcialmente atende às promessas feitas por Trump durante sua campanha.

Após a aprovação de uma ampla lei de impostos e gastos no domingo passado, Trump começou a afirmar que o projeto cumpria suas promessas de campanha, embora o documento de 330 páginas ofereça apenas benefícios transitórios e limitações, além de possíveis aumentos de impostos pelas tarifas que entrarão em vigor no próximo mês.

Benefícios fiscais limitados e aumento de tarifas

Segundo o economista Jason Furman, ex-assessor de Barack Obama, a combinação de cortes fiscais de aproximadamente US$750 e aumentos tarifários de cerca de US$2.000 podem afetar drasticamente a renda das famílias norte-americanas. Ele explica que o impacto total seria de cerca de US$750 em cortes de impostos e aumento de tarifas pesadas, colocando em risco o bem-estar econômico da população.

As autoridades da Casa Branca não responderam às perguntas do HuffPost sobre as razões pelas quais Trump estaria mentindo sobre as novas leis fiscais ou por que não lutou para tornar permanentes as medidas que beneficiam a classe média, ao contrário das mudanças nas alíquotas para os mais ricos.

Reivindicações falsas de Trump e promessas não cumpridas

Durante uma entrevista ao Fox News em 29 de junho, Trump afirmou categoricamente que “não há imposto sobre gorjetas, Social Security ou horas extras”. Além disso, em uma comunicação por e-mail com seus pequenos doadores na quarta-feira, afirmou ter sancionado uma lei que isenta os idosos de pagar impostos sobre o benefício do Seguro Social. Na prática, qualquer dedução de aproximadamente US$600 será limitada aos aposentados com rendimentos específicos, e os impostos sobre a hora extra e gorjetas continuam valendo.

Promessas de fim da taxação do Social Security

Trump também prometeu repetidamente que acabaria com a tributação sobre os benefícios do Social Security, mas, na realidade, foi criado um desconto fiscal limitado, afetando aproximadamente US$600 dos beneficiários que não estavam isentos previamente, o que indica que a esperança dos idosos de terem suas aposentadorias livres de impostos não foi atendida.

Reações e críticas

Durante a sessão do Congresso, senadores como Bernie Moreno, aliado de Trump e que chegou ao cargo com o apoio do ex-presidente, tentou contrastar as prioridades do presidente Joe Biden, que incentiva o uso de energias renováveis, com as ações de Trump e seus apoiadores. Contudo, suas alegações também carregam equívocos, como a confusão entre créditos fiscais e deduções, além de valorizar benefícios bastante inferiores aos reais.

Ken Martin, presidente do Comitê Nacional Democrata, criticou duramente as medidas adotadas por Trump e seus aliados, afirmando que as ações evidenciam uma prioridade de favorecer os mais ricos às custas da saúde e do bem-estar da maioria da população.

Perspectivas futuras

A expectativa é que, embora Trump continue a alegar ter cumprido suas promessas, suas ações no Congresso revelem o contrário, mantendo promessas vazias e benefícios limitados que caducarão em 2028, se ele retornar à presidência. O cenário sugere que, mais uma vez, promessas de campanha não se traduziram em ações concretas para a população comum.

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