O ex-presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (11) que a controvérsia envolvendo os documentos de Jeffrey Epstein é uma “aberração” e atacou seus apoiadores por acreditarem na “farsa” sobre o caso. Em publicação na rede social Truth Social, Trump declarou que não deseja mais o suporte de “fraquíntos” que aderiram às teorias conspiratórias relacionadas ao financier.
Crise política e ruptura na base de apoiadores
A declaração de Trump ocorre em meio a uma crescente crise dentro de sua base aliada, com setores da ala MAGA se dividindo sobre a repercussão das investigações e a revelação de documentos relacionados ao abuso de menores por Epstein. Muitos seguidores continuam acreditando em teorias de conspiração que associam figuras de poder a redes clandestinas.
Reversão na postura do governo e polêmica com os documentos
Após semanas de pressão, o governo Trump, sob comando do Departamento de Justiça, voltou atrás na promessa de divulgar os “eventuais clientes” de Epstein. Trump afirmou que não há evidências de uma lista de clientes, apesar de indicar anteriormente que havia sinalizações nesse sentido. Segundo fontes próximas, a administração tenta conter a controvérsia e evitar maiores expostos sobre o caso.
Histórico de Trump com Epstein e mudança de narrativa
Trump teria chamado Epstein de “pessoa maravilhosa” no passado, e sua relação com o financista tem sido alvo de especulações. Agora, o ex-presidente tenta minimizar as ligações, questionando a relevância das investigações. “Por que o Caso Epstein deveria interessar a alguém?”, declarou na terça-feira, sugerindo que as informações entregues são “credíveis”.
Impacto nas alianças e no discurso político
O posicionamento de Trump reforça uma tendência de afastamento de setores mais radicais de seus apoiadores, que veem nos documentos uma prova de uma conspiração maior envolvendo elites poderosas. A disputa por controle da narrativa evidencia as fissuras internas na coalizão que respaldou Trump durante seu mandato e na campanha de 2024.
Especialistas avaliam que essa mudança na postura do ex-presidente pode gerar mais descontentamento entre parte de sua base, ao mesmo tempo em que busca mitigar uma crise que ameaça prejudicar sua candidatura. “Trump tenta se desvincular do caso para reforçar sua imagem de líder não envolvido em escândalos”, aponta analista político Lucas Martins.