Brasil, 16 de julho de 2025
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STF ouve mais 29 testemunhas em caso de trama golpista

O Supremo Tribunal Federal escuta 29 pessoas no prosseguimento das audiências sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade, nesta quarta-feira (16/7), às audiências envolvendo testemunhas de defesa e acusação nos núcleos 2 e 4 de uma suposta trama golpista. As sessões começam às 9h e prometem trazer novos esclarecimentos sobre os eventos que cercaram as eleições de 2022, em especial, as manobras para minar a confiança no processo eleitoral brasileiro.

A trama golpista e o uso da máquina pública

Os réus dos núcleos 2 e 4 são acusados de utilizar a máquina pública para influenciar de maneira indevida o resultado das eleições. No núcleo 2, as atenções se voltam para Filipe Martins e Marcelo Câmara, acusados de coordenação de esforços para dificultar o acesso dos eleitores aos locais de votação, especialmente no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve grande apoio. Além disso, as acusações vindas da Procuradoria-Geral da República (PGR) incluem o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir os eleitores na segunda volta das eleições.

As testemunhas do núcleo 4 são convocadas para esclarecer suas funções em um esquema que envolveu desinformação e pressões sobre as Forças Armadas, no intuito de deslegitimar o processo eleitoral.

Entre os réus e testemunhas que falharão no núcleo 4, representantes são acusados de fomentar campanhas de desinformação que visavam desacreditar os sistemas de votação eletrônica e promover uma ação golpista. O STF ouvirá, entre outros, Guilherme Marques Almeida, Marcelo Araujo Bormevet e Reginaldo Vieira de Abreu.

Ministros e líderes militares no banco de testemunhas

Dentre os 29 depoentes convocados para esta quarta-feira, figuram nomes de peso: os chefes do Exército e da Aeronáutica, general Freire Gomes e brigadeiro Baptista Jr., além de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e o ex-ministro do GSI, general G. Dias. Todos desempenharão um papel crucial conforme os desdobramentos do processo.

Com uma lista recheada de ex-ministros, também estão presentes Ciro Nogueira Filho e Rogério Marinho, ambos senadores que ocupavam cargos de destaque no governo anterior e que, por isso, possuem informações valiosas sobre os eventos relacionados à denúncia.

Estratégias do núcleo 2 e possíveis consequências

Os réus do núcleo 2 são formados por figuras que desempenharam papéis importantes na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, e Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal, estão entre os suspeitos que a PGR apura por terem supostamente coordenado ações para manobrar forças policiais em favor da permanência de Bolsonaro no poder.

  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da PRF;
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Segurança Pública do DF;
  • Filipe Martins – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais;
  • Marcelo Câmara – coronel do Exército;
  • Marília Ferreira – delegada da Polícia Federal;
  • Mário Fernandes – general da reserva do Exército.

Essas pessoas estão sendo investigadas por possivelmente terem contribuído para um esforço de desestabilização do processo democrático, sendo acusadas de crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.

A gravidade das denúncias

As acusações, se comprovadas, poderão levar a consequências significativas para os réus e para a estabilidade política no Brasil. O caso reflete um dos momentos mais tensos da política brasileira e destaca as complicadas interações entre poder, segurança pública, e processos eleitorais.

Com a sequência de audiências, o país aguarda ansiosamente por respostas e por um desfecho que reafirme a integridade do sistema democrático brasileiro. O Supremo, com seus papéis cruciais, segue sendo um ator central nesse drama político que ainda se desenrola, e esta quarta-feira representa mais um passo na jornada judicial que poderá redefinir o futuro político do Brasil.

À medida que as audiências avançam, o público se mostra cada vez mais atento aos desdobramentos e seu impacto tanto nas instituições quanto na confiança popular sobre o processo eleitoral.

O resultado das investigações servirá não apenas para punir eventuais responsáveis pelas ações denunciadas, mas também para fortalecer a democracia e a verdade, tão fundamentais em um regime republicano.

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