Entre os apoiadores do movimento MAGA, há sinais de frustração e ceticismo diante da postura do governo Trump sobre os arquivos relacionados a Jeffrey Epstein, refletindo uma divisão interna na base conservadora dos Estados Unidos.
A tensão interna na base MAGA e o silêncio sobre Epstein
No evento Turning Point USA Student Action Summit, a apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, questionou o público sobre os resultados da investigação dos arquivos de Epstein. Quando pediu uma aprovação, a audiência respondeu com vaia e aplausos negativos, evidenciando o descontentamento dos apoiadores de Trump.
“Como muitos de vocês estão satisfeitos com os resultados da investigação?”, perguntou ela, recebendo uma reação negativa do público ao ser questionada novamente. “Não satisfeito”, respondeu o público com entusiasmo, após a apresentadora pedir uma resposta contrária.
Insatisfação e desconexão na narrativa oficial
Apesar do silêncio oficial do Departamento de Justiça, que afirmou não haver clientes incriminadores na lista de Epstein, figuras próximas ao ex-presidente, como Pam Bondi, alegaram possuir informações inéditas, aumentando a desconfiança entre apoiadores.
Além disso, Trump, através de Truth Social, minimizou o caso, dizendo para seus apoiadores “não perderem tempo com Jeffrey Epstein, alguém que ninguém se importa”, o que reforça a polarização sobre o tema.
Caso de dissonância cognitiva: apoiar Trump e afirmar que se importa com as vítimas
O episódio evidência a dissonância na narrativa de apoiadores e figuras influentes de MAGA, que ao mesmo tempo defendem Trump e se mostram insatisfeitos com seu silêncio sobre Epstein e os arquivos relacionados.
Analistas apontam que essa divisão reflete a complexidade e o conflito interno do movimento, que mistura lealdade ao ex-presidente com dúvidas sobre as ações na investigação de Epstein.
Impactos futuros na base MAGA
A postura de Trump e seus apoiadores sobre o caso de Epstein promete continuar sendo um ponto de tensão, fortalecendo a queixa de que há uma narrativa parcial e a necessidade de maior transparência. A insatisfação revela um potencial de divisão maior dentro do eleitorado que sustenta o ex-presidente, especialmente nas próximas eleições.