Brasil, 16 de julho de 2025
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Prefeitura do Rio corta subsídio de ônibus sem ar-condicionado

Nova regra da Prefeitura do Rio puni ônibus que não têm ar-condicionado. Medida é uma resposta às reclamações de passageiros.

A partir desta quarta-feira, dia 16 de julho, entra em vigor uma nova norma na cidade do Rio de Janeiro que promete impactar diretamente a qualidade do transporte público. A Prefeitura do Rio vai suspender o subsídio destinado a ônibus que circularem sem ar-condicionado, uma decisão que visa garantir mais conforto aos passageiros e combater um problema recorrente nas queixas dos usuários. Essa medida é mais um desdobramento na relação entre o município e os consórcios responsáveis pela operação do sistema de transporte público da capital fluminense.

Protocolo rigoroso para operação dos ônibus

Conforme estabelecido pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), os ônibus que não cumprirem os requisitos de climatização previstos na nova regra terão seus subsídios bloqueados. Em 2025, já foram descontados R$ 3,3 milhões em subsídios devido à falta de ar-condicionado nos veículos. Além disso, mais de 1.200 multas foram aplicadas aos operadores por falhas nos sistemas de climatização. Atualmente, 95% da frota de ônibus que atende à população carioca já conta com ar-condicionado, mas o órgão municipal não hesita em fazer valer suas regras.

A nova determinação se aplica a todos os ônibus fabricados até 2019. Desde o fim do ano passado, 2.200 sensores de temperatura foram instalados, monitorando as condições internas dos veículos. A partir de 1º de novembro, a exigência será ampliada para toda a frota, que deverá estar equipada com esses dispositivos para garantir a transparência e o controle da temperatura. Esses sensores serão responsáveis por enviar, em tempo real, dados sobre a temperatura interna e a localização dos ônibus à SMTR, utilizando informações da moderna bilhetagem eletrônica do sistema.

Critérios de funcionamento do ar-condicionado

Para que um ônibus seja considerado em conformidade, a temperatura interna precisa ser igual ou inferior a 24 °C, ou a diferença entre a temperatura interna e a externa deve ser de pelo menos 8 °C. Adicionalmente, ao menos 80% dos registros válidos durante cada viagem precisam respeitar esses critérios para que o serviço seja considerado regular. Essas normas têm como base as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em uma reunião recente da Comissão de Transporte da Câmara de Vereadores, a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, reiterou a importância da nova regra: “A partir de hoje, ônibus com ar-condicionado desligado não receberão subsídios da prefeitura”. A medida é uma resposta às constantes reclamações dos passageiros, que frequentemente enfrentam calor extremo em veículos com ar-condicionado inoperante, uma situação que se torna insuportável, especialmente nos dias mais quentes.

Impacto na qualidade do transporte público

A decisão da prefeitura, embora rigorosa, foi tomada com o intuito de melhorar a experiência dos usuários do transporte público. O calor excessivo gerado pela falta de climatização vem sendo um dos principais motivos de descontentamento entre os passageiros. O uso dos sensores tecnológicos na frota é uma estratégia para garantir que os operadores mantenham os ônibus em condições adequadas para os cidadãos. Quando os veículos têm ar-condicionado fora de funcionamento, a tendência é que os passageiros optem por outras formas de transporte, comprometendo a eficiência do sistema coletivo.

Além de proporcionar um transporte mais confortável, a nova medida pode auxiliar na regulamentação das empresas operadoras, forçando-as a investirem na manutenção adequada de seus ônibus e na melhoria do serviço oferecido. A transparência gerada com o monitoramento em tempo real é uma ferramenta importante para que a população possa exigir seus direitos como cidadãos usuários do transporte público.

A resposta da população

A expectativa agora é entender a reação dos passageiros e como essa medida se refletirá no dia a dia das pessoas que dependem dos ônibus na cidade. As reclamações têm sido constantes e a pressão da população, que deseja melhores serviços, pode contribuir para um aprimoramento significativo na qualidade do transporte coletivo. Resta acompanhar se a implementação dessa decisão será efetiva e se conseguirá transformar positivamente a experiência diária dos cariocas.

Com a chegada da nova norma, a expectativa é de que a Prefeitura do Rio consiga minimizar os problemas que envolvem a falta de condicionadores de ar nos ônibus e, assim, valorizar a experiência do usuário, tornando o transporte público mais eficiente e agradável aos passageiros.

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