Brasil, 16 de julho de 2025
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Operação mira mulheres suspeitas de integrar facção criminosa no Piauí

Operação deflagrada busca prender 29 suspeitas de envolvimento em tráfico e roubos no Piauí, com destaque para a participação feminina.

Na manhã desta terça-feira (16), uma operação policial no Piauí resultou na mira de vinte e nove pessoas suspeitas de integrarem uma facção criminosa. Destas, impressionantes 28 são mulheres, segundo divulgação da Polícia Civil do Piauí. O foco da ação é combater o tráfico de drogas, o roubo de veículos e a tentativa de homicídio que têm se proliferado na região.

O início das investigações

As investigações que culminaram na operação, denominada Draco, começaram após a prisão em flagrante de uma mulher conhecida como “Malévola”. Em fevereiro de 2024, ela foi detida na Zona Sudeste de Teresina, onde os policiais a encontraram com drogas e um veículo que havia sido roubado. Durante a abordagem, evidências recolhidas apontaram para uma estrutura criminosa composta predominantemente por mulheres, onde cada uma desempenhava funções específicas e havia uma atuação coordenada.

A liderança feminina no crime

Durante os trabalhos de investigação, o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) identificou uma das principais lideranças femininas da facção, que é parceira de um criminoso de renome, Marcelo Aparecido Brandão, conhecido como “Visionário”. Ele foi preso em uma operação anterior, a Draco 117, em maio de 2024, na cidade de São Raimundo Nonato. Essa conexão evidencia a complexidade e a articulação da facção, que, mesmo sendo composta majoritariamente por mulheres, possui uma hierarquia bem definida.

Alvos e locais de operação

A operação Draco tem como objetivo pesado a prisão de todas as 29 pessoas alvo da investigação. Durante a ação, a polícia está realizando buscas e apreensões em 45 endereços que estão interligados aos investigados. As ações estão ocorrendo em diversas cidades, incluindo Teresina, Parnaíba, Luís Correia, Oeiras, Picos, Canto do Buriti, Monsenhor Gil, Altos e Campo Maior.

Esse forte investimento das autoridades no combate ao crime organizado, especialmente com a presença significativa de mulheres nessa estrutura, levanta questionamentos sobre o papel delas em atividades criminosas e a eficácia das operações de combate a facções que exploram as vulnerabilidades sociais.

A resposta da sociedade e das autoridades

A operação reforça a necessidade urgente de discussão sobre o papel das mulheres na criminalidade e suas circunstâncias sociais. É um fenômeno que está ganhando relevância no Brasil, com facções prostituindo o potencial de várias mulheres, que muitas vezes são vítimas de condições adversas e acabam sendo atraídas para essas estruturas criminosas.

As autoridades, por sua vez, estão cientes da complexidade do problema e tentam intervir nas dinâmicas que levam mulheres a serem cooptadas para o crime. É essencial que medidas preventivas sejam implementadas, como programas de inclusão social e ações de conscientização, a fim de evitar que jovens mulheres ingressem nesse ciclo violento e destrutivo.

Conclusão

A operação Draco é um passo significativo na luta contra o crime organizado no Piauí, destacando a participação feminina em atividades ilícitas, o que desafia estereótipos e revela a necessidade de intervenções sociais eficazes. Com a detenção destas suspeitas, espera-se não apenas uma redução na criminalidade, mas também um impulso para a reflexão sobre as estruturas sociais que favorecem a ascensão de facções criminosas, principalmente entre vulneráveis.

As autoridades do estado permanecem em alerta e foram solicitados esforços contínuos para erradicar esse tipo de atividade, que compromete a segurança e a qualidade de vida da população local.

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