No episódio desta semana do podcast The Joe Rogan Experience, o comediante e podcaster Joe Rogan criticou duramente a administração Trump pelo seu silêncio em relação à liberação de arquivos relacionados ao escândalo de Jeffrey Epstein. Apesar de ter apoiado Donald Trump na eleição de 2024, Rogan questionou a reversão na postura do Departamento de Justiça e do FBI, que decidiram não divulgar mais documentos, alegando ausência de provas de uma lista de clientes de Epstein que pudesse usar figuras influentes para chantagem.
Questionamentos sobre a suposta quantidade de provas
Rogan destacou a contradição na narrativa oficial, reforçando as declarações do FBI e do Departamento de Justiça de que não há evidências de uma lista de clientes de Epstein, embora anteriormente tenham divulgado a existência de horas de vídeo com menores em atividades ilegais. “Eles tinham vídeo e, de repente, não têm mais”, afirmou Rogan, referindo-se ao ex-diretor do FBI, Kash Patel, que em junho descartou a existência de imagens de crimes na ilha particular de Epstein.
O apresentador também criticou a declaração de Pam Bondi, ex-procuradora geral da Flórida, que em maio afirmou que o FBI revisava dezenas de milhares de vídeos envolvendo Epstein com menores e conteúdo pornográfico infantil. Bondi também sugeriu que teria uma lista de clientes de Epstein na sua mesa, o que gerou expectativas sobre possíveis revelações que nunca aconteceram, aumentando ainda mais as suspeitas públicas.
Reação de Rogan e suspeitas sobre distrações
Insatisfeito com a justificativa oficial, Rogan questionou se toda essa narrativa foi uma estratégia de distração. “Não sei o que fazer. Queria que me provassem o contrário, mas acho que eles estão escondendo algo”, afirmou. Na mesma linha, o apresentador especulou que os ataques dos EUA ao Irã, realizados em junho, poderiam ter sido uma tentativa de desviar a atenção do caso Epstein.
Apoio de outros aliados na política de caçada ao escândalo
Além de Rogan, o comediante e apresentador Andrew Schulz também criticou a administração Trump, afirmando que o governo estaria envolvido em uma “organização global de pedofilia e chantagem”. Ambos são considerados influentes apoiadores de Trump e ajudaram a consolidar sua base popular. Recentemente, Rogan também manifestou críticas ao posicionamento do ex-presidente sobre questões como imigração, tornando o cenário político interno ainda mais polarizado.
Posicionamento de Trump e clima de incerteza
Nesta quarta-feira, Trump pediu aos seus apoiadores que se afastassem da controvérsia Epstein, chamando-a de um “hoax” (farsa) e afirmando que não deseja mais o apoio deles. “Eles estão sendo levados por uma mentira”, declarou em postagem nas redes sociais. Essa postura reforça a fragilidade do reconhecimento público sobre os detalhes ocultos no caso Epstein e a possibilidade de futuras revelações.
A controvérsia ao redor dos arquivos de Epstein continua a alimentar dúvidas e teorias conspiratórias, com diversos apoiadores e críticos cobrando maior transparência das autoridades americanas. O episódio reforça a polarização existente e a desconfiança generalizada nos relatores oficiais, além de colocar sob suspeita uma possível tentativa de encobrir figuras influentes envolvidas.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost.