Brasil, 17 de julho de 2025
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Governo brasileiro considera Lei da Reciprocidade como último recurso

Vice-presidente Geraldo Alckmin destaca que diálogo será priorizado nas negociações com os EUA sobre tarifa de 50% a produtos brasileiros.

O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta quarta-feira com parlamentares e reafirmou que a Lei da Reciprocidade será utilizada pelo governo brasileiro como último recurso. A declaração surge em meio à preocupação com o aumento tarifário de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, uma medida que já provoca preocupação entre os produtores nacionais.

A reunião com parlamentares

Durante o encontro na Residência Oficial do Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Alckmin se encontrou também com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A conversa buscou demonstrar unidade entre o Executivo e o Legislativo frente à ação americana. “É fundamental que estejamos juntos na defesa dos interesses da economia nacional”, declarou Alckmin, enfatizando que a prioridade é estabelecer um canal de diálogo com o governo dos EUA.

Os líderes do Senado e da Câmara saíram da reunião mais otimistas, posando para uma foto em um gesto simbólico de união. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) também participaram da discussão, que abordou os impactos já sentidos por setores como agricultura e indústria.

Indignação com o tarifaço

Mais cedo, o governo brasileiro divulgou uma carta ao governo americano em que expressa sua “indignação” com o tarifaço, ao mesmo tempo em que solicitou uma resposta ao pedido de negociação feito anteriormente. “O nosso compromisso é com a diplomacia e a busca de soluções pacíficas para essa questão”, afirmou Alckmin, destacando a importância da Lei da Reciprocidade, que permite ao Brasil retaliar em guerras tarifárias.

Menos de uma semana após o anúncio da tarifa, o clima entre os parlamentares é de colaboração, independentemente da preferência partidária. As conversas giraram em torno de como o governo pode agir em proteção aos interesses dos empresários brasileiros, que já começam a sentir os efeitos dessa pressão internacional.

Próximos passos e missões oficiais

No fim deste mês, um grupo de senadores está programado para uma missão oficial aos Estados Unidos, após convite do encarregado de negócios do país no Brasil, Gabriel Escobar. O objetivo é suavizar a tensão e buscar encontros com seus colegas do Congresso americano.

Os parlamentares têm pontuado que o governo brasileiro deveria ter atuado de maneira mais proativa no diálogo com o governo Trump desde o início de seu novo mandato. A falha na comunicação foi vista como um erro estratégico, especialmente em um cenário de mudanças que exigem maior aproximação e entendimento mútuo.

A importância da diplomacia no comércio exterior

A Lei da Reciprocidade Econômica, que regulamenta as retaliações comerciais, foi publicada recentemente pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa legislação permite ao Brasil retaliar os Estados Unidos caso as negociações não avancem. Apesar do poder de resposta, Alckmin reafirmou sua preferência pela diplomacia antes de qualquer retaliação.

Essa abordagem é significativa não apenas para a relação bilateral, mas também para a manutenção da credibilidade do Brasil no cenário internacional. A intenção é que os Estados Unidos reconsiderem suas posições tarifárias, buscando um caminho que beneficie ambas as nações, considerando a importância do comércio entre os dois países.

O clima de colaboração entre o Congresso e o Executivo reflete uma prioridade compartilhada: proteger a economia brasileira e os interesses dos produtores nacionais frente às decisões unilaterais que possam prejudicar a competitividade dos produtos brasileiros. Diante disso, o governo e os legisladores brasileiros buscam atender a demanda por soluções que não acarretam desdobramentos adversos para a economia nacional.

À medida que essa situação se desenvolve, os olhos estão voltados para as negociações e ações que o governo pretende implementar para mitigar os efeitos do tarifaço em setores vitais para a economia, demonstrando assim a importância do diálogo, da união e da estratégia diplomática nas relações internacionais.

Com essa postura, o Brasil não somente se resguarda de agressões comerciais, mas também busca reforçar seu papel em um mundo onde a colaboração e entendimento mútuo são cada vez mais essenciais.

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