Brasil, 16 de julho de 2025
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Ex-ministro do GSI afirma ter recebido alertas sobre atos de 8 de janeiro

Gonçalves Dias revela no STF que foi avisado sobre os eventos golpistas por mensagens da Abin, mas sem detalhes precisos.

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, conhecido como GDias, prestou depoimento nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde afirmou ter recebido avisos sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro através de mensagens de WhatsApp do então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura Cunha. Durante sua fala, GDias enfatizou que essas informações foram repassadas à Secretaria de Segurança do GSI, e lembrou que o plano Escudo do Planalto estava em funcionamento na época.

Details sobre a segurança no GSI

Em seu depoimento, GDias declarou: “Eu recebi alguns informes da Abin. Esses informes foram repassados para a Secretaria de Segurança. O plano Escudo do Planalto estava acionado.” No entanto, ele destacou que, devido ao tempo passado, não conseguia lembrar os detalhes das informações recebidas, mas assegurou que havia documentação disponível para comprovar esses informes. Essa declaração levanta questões sobre a eficácia das medidas de segurança implementadas naquele período e a interpretação das dados recebidos.

O papel do ex-ministro e as repercussões

GDias, que ocupou o cargo de ministro do GSI nos primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou a função em abril de 2023, após a divulgação de vídeos que o mostravam no Palácio do Planalto durante os atos golpistas. Esse trecho de sua história política foi discutido amplamente e trouxe à tona a necessidade de uma análise mais profunda sobre o papel das autoridades na prevenção de crises políticas no Brasil.

Questões levantadas durante a audiência

Durante sua audiência, o ministro Alexandre de Moraes questionou a repetição de perguntas feitas pelo advogado de Martins, o que levou até mesmo a cortes no microfone do advogado. Essa dinâmica evidenciou as tensões que permeiam as audiências relacionadas aos atos de 8 de janeiro e a alta carga emocional e política associada a essas questões.

Depoimento de outras figuras políticas

Além de GDias, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, também foi ouvido como testemunha de defesa do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara. Durante o depoimento, Nogueira confirmou que havia intermediado um encontro entre o ministro Alexandre de Moraes e o então presidente Jair Bolsonaro no final de 2022, mas não conseguiu precisar se Câmara também participou dessa organização. “Eu não me lembro da participação do Câmara, eu sinceramente não estou lembrado”, garantiu Nogueira, reforçando a complexidade da situação e as interações entre os diversos envolvidos.

Desistência de testemunhas e próximos passos

A defesa de Martins, que é uma peça central no desdobramento dessas investigações, apresentou uma desistência de parte das testemunhas inicialmente indicadas, que incluía o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Outras audiências que estavam programadas para ocorrer nesta quarta-feira foram remarcadas para outro dia, como a do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), evidenciando a natureza complexa e em andamento desses processos jurídicos.

As revelações de GDias sobre a comunicação com a Abin levantam questões cruciais sobre a responsabilidade e a eficácia das instituições de segurança do Brasil, além das implicações políticas que esses eventos geraram. É vital que a sociedade brasileira acompanhe de perto o desenrolar desses depoimentos e investigações, pois eles têm um impacto significativo na compreensão do momento político atual e nas possíveis soluções para a crise.

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