A recente demissão de Renato Paiva e a contratação do italiano Davide Ancelotti reacenderam o debate sobre o conceito conhecido como “Botafogo Way”. Este termo encapsula a filosofia que John Textor, investidor americano e proprietário do Botafogo, deseja implementar na segurança esportiva do clube e também no estilo de jogo que considera ideal. Ancelotti, já regularizado no Boletim Informativo Diário (BID), fará sua estreia oficial como treinador nesta quarta-feira, 21h30, em uma partida crucial contra o Vitória, no Estádio Nilton Santos.
O que é o “Botafogo Way”?
O “Botafogo Way” é, segundo Textor, uma abordagem que foca em um futebol vistoso e atraente, onde o treinador terá liberdade total para impor seu estilo e metodologia. “Agora, o Botafogo Way é o Ancelotti Way. Ele pode treinar como quiser e fazer suas escolhas. Queremos um futebol que seja bonito de se ver”, afirmou Textor durante a apresentação de Ancelotti.
A continuidade do estilo de jogo
Na última segunda-feira, durante sua apresentação oficial, Ancelotti reafirmou seu alinhamento com a visão estratégica do Botafogo. O treinador italiano planeja criar um time “atrevido”, que prioriza a verticalidade e a ofensividade, adaptando-se às dinâmicas específicas de cada partida e às exigências das diferentes competições que o clube enfrentará ao longo da temporada.
Desafios e expectativas a longo prazo
Além de ser responsável por um estilo de jogo ofensivo, a diretoria do Botafogo espera que Ancelotti consiga reproduzir uma metodologia que foi introduzida anteriormente por Luís Castro e, mais recentemente, apenas efetivamente cumprida por Artur Jorge. Essa abordagem envolve não apenas a execução de jogadas em campo, mas também a implementação de treinos intensos e táticos, além da adaptação às mudanças frequentes que ocorrem em um clube com um modelo de gestão empresarial.
A contratação de Ancelotti reflete uma tentativa da diretoria de encontrar um treinador que possa se estabelecer como um pilar duradouro, em meio a um cenário onde a média de permanência dos técnicos no clube tem sido de apenas seis meses desde a entrada do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A esperança é de que o novo técnico possa reverter essa tendência.
“Buscamos um treinador permanente. Queremos um relacionamento duradouro entre clube e treinador, semelhante ao que temos com Abel Ferreira no Palmeiras. Agora temos um jovem treinador ambicioso, com uma experiência impressionante. Esperamos um longo relacionamento com Davide”, declarou Textor.
Futuro das divisões de base
Além do foco na equipe principal, o Botafogo também planeja internalizar os princípios do “Botafogo Way” nas categorias de base. A diretoria acredita que o desenvolvimento nas divisões inferiores ainda está em seus primórdios, mas já nota progressos, especialmente com a geração sub-17, que se destacou ao conquistar o título carioca sob a orientação de Jardel Zamberlan, e a equipe sub-20, comandada por Rodrigo Bellão.
Ao que parece, os esforços da diretoria são direcionados para um futuro promissor, onde a implementação dos conceitos do “Botafogo Way” no ambiente geral do clube, desde os juniores até o time principal, deverá solidificar uma identidade única, que possa render frutos a longo prazo.
Preparação para o jogo contra o Vitória
Em relação ao time que Ancelotti comandará na estreia, deve haver apenas uma alteração em relação à vitória sobre o Vasco: a entrada do volante Allan na equipe, substituindo Gregore. A transferência de Gregore para o Al Rayyan, do Catar, deve ser oficializada em breve.
Com a expectativa em alta, a estreia de Ancelotti promete ser um marco no início de uma nova era para o Botafogo, que busca não apenas resultados imediatos, mas também consolidação de seu estilo e identidade a longo prazo.
