No confronto que ocorrerá nesta quarta-feira, às 18h (horário de Brasília), a seleção brasileira feminina de futebol reencontra a Bolívia em Quito, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. Apesar de ter estreado com vitória, o desempenho observado na primeira partida foi considerado abaixo da qualidade esperada, levantando expectativas sobre uma melhora no jogo da equipe.
Desafios da altitude e adaptação da equipe
Após uma estreia em que a altitude de Quito, a 2.850 metros acima do nível do mar, impactou diretamente a performance das jogadoras, há uma esperança de que a equipe brasileira, após uma semana de adaptação, mostre um futebol mais ágil e assertivo. Na partida contra a Venezuela, as atletas apresentaram dificuldades em suas tomadas de decisão, o que acabou prejudicando a fluidez do jogo.
Entretanto, a seleção boliviana não terá o mesmo problema, uma vez que já está acostumada a jogar em altitudes ainda mais elevadas. Isso coloca uma pressão adicional sobre o Brasil, que necessita garantir uma vitória sólida para seguir firme na competição.
Possíveis mudanças na escalação e táticas
O técnico Arthur Elias pondera ajustes na formação da equipe. “Não tenho preferência por um sistema, busco variações táticas que facilitem o jogo para as atletas. Acredito que mudanças são necessárias para renovar o fôlego do grupo”, disse o treinador, que considera poupar a experiente Marta e promover a entrada de Gabi Portilho entre as titulares.
A fragilidade da seleção boliviana, atualmente classificada na 105ª posição do ranking da FIFA e apresentando dificuldades no nível semi-profissional, é uma oportunidade que o Brasil não pode deixar passar. Em confrontos anteriores, incluindo amistosos e edições passadas da Copa América, o Brasil se mostrou imbatível diante da Bolívia, com um histórico impressionante de 40 gols marcados e apenas um sofrido desde 2006.
A pressão por gols e a liderança do grupo
Após vencer a Venezuela por 2 a 0, o Brasil ocupa atualmente o segundo lugar no Grupo B, apenas atrás do Paraguai, que tem superioridade no saldo de gols. As paraguaias golearam a Bolívia por 4 a 0 em seu confronto inicial. Hoje, enquanto o Paraguai descansa, a Colômbia, um forte adversário na chave, enfrentará a Venezuela, acirrado a competição.
O torneio é fundamental não apenas para a conquista do título, mas também porque os dois melhores times avançam para as semifinais, garantindo a classificação da campeã e da vice para os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028. Assim, uma vitória expressiva contra a Bolívia é crucial para as ambições da seleção feminina do Brasil, não apenas para se assegurar um lugar na próxima fase, mas também para reafirmar a força do futebol feminino brasileiro no cenário sul-americano.
Com a expectativa em alta, os torcedores brasileiros esperam que a equipe supere as dificuldades iniciais e mostre um desempenho convincente em campo, realizando um jogo que corresponda às expectativas e à capacidade técnica que a nação já conheceu. A noite de quarta-feira promete ser um grande espetáculo para o futebol feminino.