Brasil, 16 de julho de 2025
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Advogado de Filipe Martins critica Moraes por silenciar microfone

Jeffrey Chiquini, defensor de Filipe Martins, planeja acionar a OAB após conflito com o ministro do STF durante audiência.

O advogado Jeffrey Chiquini, que representa Filipe Martins, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou que irá denunciar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por suposta “violação de seus direitos como advogado”. O confronto ocorreu durante uma audiência onde Moraes silenciou o microfone de Chiquini enquanto ele questionava o general G. Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conflitos frequentes nas audiências

Os embates entre o advogado e o ministro não são novidade nas sessões do julgamento que investiga uma suposta trama golpista. Com frequentes discussões, Chiquini tem se mostrado impaciente com as interrupções de Moraes e as regras da audiência. As trocas intensas de palavras e o descontrole na comunicação têm marcado os encontros virtuais, gerando tensão entre as partes.

No vídeo que circula nas redes sociais, é possível observar a reação de Chiquini ao ter seu microfone desligado pelo ministro durante um momento crucial do depoimento. Chiquini criticou a atitude de Moraes, alegando que foi um desrespeito a seu papel de advogado, que tem o direito de questionar livremente as testemunhas.

Ebite que é uma referência a um momento do vídeo onde Chiquini mencionou que a interrupção foi um grave erro por parte de Moraes.

Os questionamentos sobre as operações de segurança

Durante a audiência, Chiquini questionava o general G. Dias sobre a presença de tropas do GSI preparadas para conter os invasores do Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023. Moraes, ansioso para manter a ordem, interrompeu o advogado, enfatizando que a pergunta já havia sido respondida anteriormente. A resposta de Moraes, no entanto, trouxe à tona um debate acalorado sobre a definição de “vândalos” versus “golpistas”.

Chiquini, em súplica, argumentou: “Mas quais imagens, senhor? As 190 ou as duas fornecidas?” Moraes, firme, respondeu: “Doutor, quando os golpistas chegaram, as imagens são muito claras”.

Essa troca trouxe à tona uma discordância sobre a evidência apresentada durante o julgamento. Moraes, em resposta a Chiquini, expressou descontentamento com as alegações do advogado e reafirmou a necessidade de respeitar a ordem da aula.

Envolvimento do governador de São Paulo

Durante essa troca, Moraes aludiu à tentativa de Chiquini de relacionar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em discussões pertinentes à investigação. O ministro reafirmou que já estava notificando o governador sobre as acusações feitas anteriormente pelo advogado, deixando claro que a situação exigia atenção.

Consequências da audiência

Após o embate, Moraes tomou a drástica decisão de silenciar o microfone de Chiquini, dedicando-se a seguir adiante com o julgamento. O advogado, surpreso, colocou seu microfone de volta e perguntou: “Cassou a minha palavra?”, ao que Moraes confirmou a decisão, criando um clima tenso na audiência.

Quem são os réus do núcleo 2?

  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão Bolsonaro;
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Mário Fernandes – general da reserva do Exército.

De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), os envolvidos no caso geraram sérios questionamentos sobre a legitimidade das ações de segurança pública e alegações de tentativas de manutenção de Bolsonaro no poder. Filipe Martins, especificamente, é citado como parte fundamental nos planos para um estado de sítio.

Esta situação continua a gerar polêmicas tanto no âmbito jurídico quanto no social, mostrado que as consequências de ações em nome de segurança pública estão afetando a liberdade de expressão e o direito ao contraditório.

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