Brasil, 17 de julho de 2025
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85% dos brasileiros desaprovam aumento de deputados

Pesquisa revela insatisfação da população com a proposta de aumento no número de deputados federais no Brasil.

Uma recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), apontou que 85% dos brasileiros são contrários ao aumento do número de deputados federais de 513 para 531. A medida, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, gerou reações negativas tanto entre os apoiadores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como entre os simpatizantes do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).

Desaprovadores do aumento dos deputados

A pesquisa revelou que a desaprovação é ainda mais expressiva entre os brasileiros com ensino superior, onde 93% se opõem à mudança. Em contrapartida, entre aqueles que têm apenas o ensino fundamental, a rejeição é de 76%. A insatisfação é generalizada, atingindo todos os segmentos da sociedade.

Os apoiadores de Lula mostram uma desaprovação de 85%, enquanto entre os eleitores de Bolsonaro, esse índice sobe para 87%. Curiosamente, entre aqueles que se consideram de esquerda, mas não são petistas, a reprovação chega a impressionantes 91%. Apenas 19% dos identificados como petistas aprovam a medida.

Faixa etária e conhecimento sobre a proposta

Outro dado importante da pesquisa é que a rejeição ao aumento do número de deputados não varia significativamente entre as diferentes faixas etárias, superando sempre a marca dos 80%. Entre os homens, o índice de desaprovação atinge 89%, enquanto entre as mulheres é de 79%.

Sobre o conhecimento em relação ao aumento do número de deputados, a pesquisa mostrou que 53% dos entrevistados estão cientes da medida, enquanto 44% não possuem conhecimento sobre o assunto e 3% não souberam ou não responderam.

Decisão de vetar o projeto

Conforme noticiado por Igor Gadelha na coluna do Metrópoles, o presidente Lula optou por vetar o projeto de lei que aumenta o número de deputados, decisão tomada em uma reunião com seus auxiliares no Palácio da Alvorada, no último dia para a decisão. Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom) e Jorge Messias (AGU).

Inicialmente, Lula havia sido aconselhado a não sancionar nem vetar o projeto, o que levaria a questão para o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre. No entanto, a situação mudou após o presidente da Câmara, Hugo Motta, ter apoiado a derrubada de um decreto que afetava a arrecadação do governo, levando à pressão sobre Lula para vetar o aumento do número de deputados.

Implicações e próximos passos

Com o veto ao projeto, o governo sinaliza uma clara resposta à insatisfação popular em relação à ampliacão do Legislativo. A medida proposta pelo Congresso Nacional havia gerado polêmica e, com a desaprovação expressiva da população, o governo busca alinhar seus interesses aos anseios da sociedade.

Com a decisão oficial de vetar a expansão da câmara, fica evidente que o governo pretende seguir em uma linha de ação que priorize a escuta da população e a transparência nas decisões políticas. Essa rejeição ao aumento também pode afetar os trâmites futuros no Congresso, à medida que o governo tenta restabelecer laços de confiança com seus eleitores e com a opinião pública.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho, envolvendo 2.004 entrevistados e possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Utilizou uma metodologia rigorosa, desenhada para captar a percepção da população de forma precisa e representativa.

Com a decisão de vetar o aumento no número de deputados, a expectativa é que novas discussões surjam em relação à representação política e suas repercussões na democracia brasileira.

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