Há cinqüenta anos, “Tubarão” revolucionou o cinema ao se tornar o maior sucesso de bilheteria de sua época e um filme que ainda assombra o imaginário. A estreia, em 1975, marcou o início do verão como o conhecemos, e uma nova edição do documentário “Jaws @ 50: The Definitive Inside Story” revela detalhes inéditos da produção e do impacto cultural do filme.
Por trás das câmeras de “Tubarão”: os segredos da produção
Segundo o documentário, o diretor Steven Spielberg chegou a achar que o filme acabaria com sua carreira, por estar atrasado no cronograma e com o orçamento ameaçando explodir. Apesar disso, o cineasta admitiu que não conhecia a obra original de Peter Benchley, mas se apaixonou pela história, que descreveu como uma “leviatã do mar”.
O roteirista Peter Benchley se inspirou em mergulhadores que caçavam tubarões em Nantucket, e a dúvida sobre o que aconteceria se um tubarão permanecesse em um lugar fixo também alimentou suas ideias. Foram meses até o título “Jaws” ser definido, após várias opções como “Terror do Abismo” e “Leviatã Ascendente”.
A criação do tubarão mecânico e seus bastidores
O famoso tubarão foi projetado por Joe Alves, que inicialmente criou desenhos com até 32 pés — cerca de 9,75 metros — mas Spielberg achou excessivo e optou por uma versão de 26 pés, que ainda assim assustava e parecia mais realista. A criatura ganhou o nome de “Bruce”, em homenagem ao advogado do diretor, Bruce M. Reimer, uma alcunha que acabou pegando para toda a equipe.
Para filmar as cenas, Spielberg combinou imagens de tubarões reais, capturadas por biológos, com efeitos do tubarão mecânico. A filmagem, que aconteceu em Martha’s Vineyard, contou com poucos atores profissionais, dando ao filme uma sensação mais autêntica. Entre as cenas mais marcantes está a do ataque ao menino Alex Kintner, que usou efeitos de sangue e atores no mar simulando o terror.
Curiosidades e fatos inéditos do filme
Spielberg revelou que a famosa cena noturna dentro do barco é sua favorita e que, pessoalmente, poderia assisti-la várias vezes. Sobre o roteiro, há um detalhe: o monólogo de Quint, interpretado por Robert Shaw, foi inspirado na verdadeira história do naufrágio do USS Indianapolis, que ele mesmo revisou para tornar a fala mais envolvente.
O filme contou com elementos de suspense que foram criados por limitações técnicas, como a ausência do tubarão na abertura, pois a máquina, muitas vezes, não funcionava devido à corrosão causada pelo sal. E o impacto do filme foi tanto que até Fidel Castro comentou que “Tubarão” é uma metáfora para a corrupção do capitalismo.
O legado cultural e o impacto de “Tubarão”
Hoje, o maior tubarão mecânico, um “Bruce” original, está em exibição no Museu do Cinema de Los Angeles. Spielberg admitiu que, na época, preferiria “Um Estranho No Ninho” ao receber a indicação de Melhor Filme, em 1975, mas o sucesso foi inevitável. Ainda assim, o filme permanece como um marco inesquecível na história do cinema.
O documentário “Jaws @ 50” revela que os rumos da produção quase afundaram o projeto, mas que a combinação de efeitos práticos, um roteiro marcante e uma trilha sonora inquietante ajudaram a criar um filme que assombra gerações.
Qual é seu momento favorito de “Tubarão”?
Quer saber mais detalhes e curiosidades? Assista ao documentário “Jaws @ 50: The Definitive Inside Story” na Hulu e mergulhe nesse clássico que completou meio século de impacto cultural. Compartilhe nos comentários o seu momento preferido do tubarão que mudou o cinema para sempre!