No coração da cidade de Nova Friburgo, uma inovadora iniciativa cultural, intitulada “Usina Viva”, ganha vida ao convidar os cidadãos a compartilharem suas histórias de vida. Com uma proposta que desafia a forma tradicional de pensar a memória, a ação busca resgatar não apenas os grandes feitos históricos, mas também as lembranças do cotidiano, que muitas vezes passam despercebidas. O diretor do projeto, Guilherme Rezende Jr., expressa o desejo de ouvir as narrativas que rarefeitas, aquelas que frequentemente não são perguntadas: “Qual a sua história?”
A importância da memória na cultura local
Memórias são o tecido que liga as comunidades, e em uma cidade como Nova Friburgo, rica em histórias de imigrantes e vivências contemporâneas, essa conexão se torna ainda mais essencial. O projeto “Usina Viva” nasceu da necessidade de preservar esses fragmentos que ajudam a construir a identidade local, lembrando que não são apenas os grandes eventos que merecem ser registrados. “Estamos focando no que se aprende com a avó, nas memórias esquecidas ou até mesmo ignoradas”, complementou Rezende. Dessa maneira, o projeto assume um papel social, ao promover um espaço seguro para elucidar vozes que, muitas vezes, permanecem na sombra.
Como funciona a cabine de memórias?
A cabine de memórias foi projetada como um espaço interativo e acolhedor, onde os visitantes podem gravar suas histórias em um ambiente que remete à nostalgia e à reflexão. Os relatos podem abranger diversos temas, desde simples recordações do dia a dia, peculiaridades da infância, até experiências coletivas que marcaram épocas. “Queremos que as pessoas entendam que sua história é importante. Cada pequena narrativa tem um peso significativo na construção da nossa memória coletiva”, afirma Rezende.
Apoio da comunidade e reflexões
O evento conta com o apoio de diversas instituições e empresas locais, que se uniram para proporcionar essa experiência enriquecedora. O projeto também inspira reflexões sobre o papel da memória na construção da identidade cultural e no fortalecimento da comunidade. Com o passar dos anos, a história de Nova Friburgo se entrelaçou com a trajetória de inúmeros cidadãos, e o “Usina Viva” surge como um marco na valorização dessa riqueza.
O que as pessoas estão contando?
Desde a implantação da cabine, as histórias que têm sido compartilhadas refletem a diversidade de experiências vividas pelos habitantes da cidade. Muitas das narrativas abordam temas como imigração, mudanças na sociedade, tradições familiares e os pequenos prazeres do cotidiano, que nos ensinam a valorizar a simplicidade da vida. “Tive uma experiência com uma avó que falava sobre sua vida na Europa e como se adaptou aqui. Cada história é um universo”, comenta uma das frequentadoras.
Impacto positivo na sociedade
Além de ser um espaço para contar histórias, a cabine propõe um exercício de escuta e empatia. Ao compartilhar e ouvir relatos, os cidadãos são convidados a refletir sobre suas próprias trajetórias e a reconhecer a importância do outro na construção da história que nos une. “Esse tipo de projeto pode significar uma mudança de perspectiva; ele nos ajuda a entender que cada um tem algo valioso a contribuir”, sugere Rezende.
Um futuro promissor
Com o sucesso inicial da cabine de memórias, o “Usina Viva” planeja expandir suas atividades e iniciativas de preservação da memória ao longo de 2025, explorando novas formas de alcançar a comunidade e engajar ainda mais pessoas nesse processo de contação de histórias. A expectativa é que o projeto se torne uma referência não apenas em Nova Friburgo, mas em outras localidades, incentivando iniciativas semelhantes.
Assim, a Usina Viva se destaca pela sua abordagem inovadora e por seu compromisso em preservar a memória coletiva, reafirmando que cada história, não importa quão pequena, é fundamental e merece ser contada.