Donald Trump anunciou nesta terça-feira (15) um pacote de US$ 92 bilhões (cerca de R$ 511 bilhões) dedicado ao desenvolvimento de infraestrutura e produção de energia, com foco na expansão de inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos. A iniciativa foi feita durante a inauguração da Cúpula de Energia e Inovação da Pensilvânia, na Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh.
Investimentos estratégicos para liderar a corrida global pela IA
Segundo Trump, os recursos serão aplicados em novos centros de dados, geração de energia, infraestrutura de rede elétrica, treinamento em IA e programas de aprendizagem. Grandes empresas do setor tecnológico, como Google, Palantir, Anthropic, Exxon e Chevron, participaram do evento, reforçando o compromisso com a inovação.
Reforçando a liderança americana na tecnologia
O presidente destacou a importância de garantir que a produção de energia seja suficiente para atender às crescentes demandas da IA generativa, que exige uma enorme capacidade computacional. Segundo estimativas oficiais, até 2028, o país precisará de até 5 gigawatts de energia, suficiente para abastecer cerca de cinco milhões de residências.
“Os compromissos de hoje garantem que o futuro será criado aqui mesmo na Pensilvânia, aqui mesmo nos Estados Unidos”, afirmou Trump, reforçando o foco nacional na liderança tecnológica.
Investimentos e parcerias para impulsionar a infraestrutura de IA
O pacote inclui US$ 25 bilhões do Google para construir centros de dados na Pensilvânia e regiões adjacentes, além de uma parceria com a Brookfield Asset Management para modernizar duas usinas hidrelétricas, somando 670 MW de capacidade. A Blackstone prometeu mais de US$ 25 bilhões para financiar centros de dados e infraestrutura energética.
“Estamos muito à frente da China e as plantas já estão começando a funcionar”, afirmou Trump, que lançou em janeiro o projeto “Stargate”, com previsão de investir até US$ 500 bilhões (R$ 2,7 trilhões) em infraestrutura de IA nos EUA, em resposta à crescente competição com a China.
Impulsos globais e reações internacionais
Empresas como a OpenAI, criadora do ChatGPT, e o SoftBank, do Japão, investem em torno de US$ 100 bilhões na fase inicial do projeto, visando consolidar a posição dos EUA na liderança mundial da inteligência artificial.
O esforço ocorre em meio à preocupação de que o aumento na geração de energia para IA possa sobrecarregar a infraestrutura elétrica americana, que ainda enfrenta desafios de capacidade. Além disso, a iniciativa é vista como uma estratégia para conter a influência econômica e tecnológica da China na corrida global.
Perspectivas futuras
Especialistas acreditam que esses investimentos podem acelerar a inovação e criar uma vantagem competitiva para os EUA, consolidando o país como referência mundial em inteligência artificial e tecnologia. Contudo, permanecem dúvidas sobre a sustentabilidade da alta demanda energética gerada por esses avanços.
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