Um caso trágico abalou a cidade de Guarujá, localizada no litoral de São Paulo, quando uma jovem de 14 anos ateou fogo no apartamento onde morava com seus irmãos. O incêndio resultou na morte de uma bebê de apenas 11 meses e deixou outro irmão de 2 anos em estado grave devido à inalação de fumaça. O cenário de destruição foi revelado em um vídeo obtido por meio da TV Tribuna, mostrando os danos causados pelas chamas.
Incêndio devastador em apartamento
O incêndio ocorreu no dia 14 de julho em um conjunto habitacional no bairro Cantagalo. Segundo informações do delegado Glaucus Vinicius Silva, titular do DP Sede, a adolescente confessou que iniciou o incêndio porque estava cansada de cuidar dos irmãos. As imagens do apartamento mostram marcas evidentes do fogo, incluindo paredes e móveis carbonizados, além de um ambiente repleto de fuligem.
Um homem que passava pelo local conseguiu acessar o apartamento pela janela e resgatar os irmãos. Apesar dos esforços, a bebê não sobreviveu. O menino de 2 anos, no entanto, foi levado a um hospital e apresenta estado de saúde grave.
Motivação perturbadora
O relato da adolescente sobre seus motivos para o crime foi descrito como “frio” e “tranquilo” pelo delegado. “Ela falou que já não aguentava mais ficar cuidando dos irmãos e queria se ver livre daquilo”, contou Glaucus. O depoimento levantou preocupações não só sobre o ato em si, mas também sobre os problemas familiares que podem ter contribuído para essa situação extrema.
Consequências legais
Após o ato, a adolescente foi apreendida e deve enfrentar sérias consequências legais. De acordo com o delegado, é provável que ela não seja liberada, visto que o ato pode ser enquadrado como um duplo homicídio. Ela será responsabilizada por ato infracional análogo à tentativa de homicídio e ao homicídio consumado.
Reação da Prefeitura
A Prefeitura de Guarujá se manifestou lamentando o incidente e oferecendo apoio às famílias afetadas. Em nota, o prefeito Farid Madi afirmou que várias secretarias estão envolvidas na atenção ao caso, incluindo as áreas de Saúde e Assistência Social. O governo local destacou a importância de expandir programas voltados à saúde mental para crianças e suas famílias, revigorando o compromisso da administração municipal com o bem-estar social.
A importância do suporte psicológico
Cabe ressaltar que casos como este não apenas retratam atos violentos, mas também revelam a necessidade urgente de apoio psicológico para crianças e adolescentes. A forma como a jovem lidou com o estresse de cuidar de irmãos tão pequenos deve ser considerada em um contexto mais amplo, onde abordagens de saúde mental podem prevenir tragédias semelhantes no futuro.
Este incidente abala não apenas a comunidade local, mas também levanta questões sobre como as famílias podem ser melhor apoiadas em situações de crise. Discussões sobre saúde mental e suporte familiar devem ser uma prioridade na agenda social, visando evitar que situações tão extremas se repitam.
Enquanto as investigações continuam, a cidade de Guarujá enfrenta um momento de luto e reflexão, esperançosa por um futuro mais seguro e acolhedor para todas as crianças.
