No dia 15 de julho de 2025, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), deflagrou uma operação para desmantelar uma fábrica clandestina de cigarros localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Durante a ação, os agentes não apenas apreenderam um grande volume de maquinários e insumos, mas também resgataram 17 estrangeiros que se encontravam em condições análogas à escravidão.
A operação contra a máfia de cigarros
A operação realizada pela Polícia Civil tem como objetivo combater a máfia de cigarros que atua no estado do Rio de Janeiro. Este grupo criminoso é amplamente conhecido por estar envolvido em homicídios e em uma série de outros crimes violentos relacionados ao tráfico de cigarros. De acordo com informações da polícia, a ação foi desencadeada em resposta ao aumento da criminalidade associada a esse comércio ilegal, que tem causado sérios impactos na segurança pública.
Os agentes relataram que, no local da operação, foram encontrados maquinários de alta tecnologia utilizados para a produção de cigarros, além de insumos necessários para a fabricação e caixas de produtos já prontos para comercialização. O prejuízo estimado para os criminosos ultrapassa a marca de R$ 10 milhões, uma quantia significativa que demonstra a escala do negócio ilegal.
Resgate de pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão
Um dos aspectos mais alarmantes da operação foi o resgate dos 17 estrangeiros, todos de origem uruguaia. Esses indivíduos viviam em condições precárias e eram submetidos a um trabalho forçado. Após serem resgatados, eles foram conduzidos à Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, para que prestassem depoimento e recebessem assistência necessária.
Este resgate levanta questões sérias sobre o tráfico humano e as condições precárias de trabalho que muitas vezes são encontradas em fábricas clandestinas no Brasil. Os 17 uruguaios foram encontrados em uma situaçãoDe acordo com informações da polícia, a ação foi desencadeada em resposta ao aumento da criminalidade associada a esse comércio ilegal, que tem causado sérios impactos na segurança pública.
As condições de trabalho desses indivíduos estavam longe de serem aceitáveis, refletindo um quadro triste e preocupante do comércio ilegal que se espalha pelo país. Essa questão é ainda mais complexa, pois envolve a exploração de pessoas vulneráveis em um cenário de criminalidade organizada.
Implicações para a segurança pública e o tráfico de cigarro
Nos últimos anos, os impactos da máfia de cigarros se tornaram mais evidentes, com registros de homicídios relacionados à atuação desses grupos em pelo menos sete estados brasileiros. As autoridades têm se esforçado para combater essa prática, que além de ser uma questão de segurança pública, também afeta a economia legítima, prejudicando comerciantes e consumidores que atuam dentro da lei.
A operação na Baixada Fluminense é uma das várias ações realizadas pelas autoridades para desmantelar essa rede criminosa. O empenho da Polícia Civil em agir contra esse tipo de crime é essencial para a manutenção da ordem e da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, onde a criminalidade associada ao tráfico de cigarros ainda é uma realidade constante.
Próximos passos e continuidade da operação
A operação ainda estava em andamento até o final da tarde do mesmo dia, e o apoio do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo foi fundamental para o sucesso da ação. As investigações continuam, e novos desdobramentos podem ocorrer à medida que a polícia segue em busca de desmantelar integralmente a estrutura da máfia de cigarros na região.
Com o aumento das ações de combate a essa prática ilegal, espera-se que mais operações como essa sejam realizadas, contribuindo para a diminuição da criminalidade e a proteção de pessoas vulneráveis que possam estar sendo exploradas. A luta contra o tráfico de cigarro e a exploração de seres humanos é uma tarefa complexa e de longa data, mas necessária para garantir a segurança e a dignidade da população.