Brasil, 15 de julho de 2025
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PGR pede condenação de Bolsonaro por papel na trama golpista

A PGR apresenta acusações contundentes e provas contra ex-presidente em manifestação ao STF.

A manifestação favorável à condenação do “núcleo crucial” da trama golpista, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última segunda-feira, trouxe um “importante conjunto probatório” e acusações sérias contra os integrantes do grupo, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. Esta é a avaliação inicial feita por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que veem a manifestação como coerente com as informações já reveladas durante a investigação.

Contexto da Manifestação da PGR

Nos próximos dias, a manifestação da PGR, que pede a condenação de Bolsonaro e mais sete réus, será analisada de forma minuciosa pela Primeira Turma do STF. Esta ação penal está tramitando no tribunal e as alegações finais dos outros réus também entrarão na fila de avaliação pelos magistrados. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a condenação dos réus por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa. De acordo com o parecer da PGR, o ex-presidente teria utilizado a máquina pública para fomentar a ruptura institucional e preparar o terreno para uma intervenção militar.

Provas e Acusações contra Bolsonaro

A manifestação de mais de 500 páginas, enviada à Corte, reitera a denúncia da PGR apresentada em fevereiro e recapitula os principais pontos das acusações. O procurador afirma que “as evidências são claras: o réu agiu de forma sistemática, ao longo de seu mandato e após sua derrota nas urnas, para incitar a insurreição e a desestabilização do Estado Democrático de Direito”. Essa afirmação destaca o papel ativo de Bolsonaro na tentativa de desestabilizar o governo e as instituições do país.

Conexão com os Atos de 8 de Janeiro

O procurador também vinculou Bolsonaro aos atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro, solicitando sua condenação por cinco crimes, incluindo golpe de Estado. Embora Bolsonaro não estivesse presente na ocasião, Gonet sustenta que ele foi o “principal responsável pela contínua radicalização e pela criação do ambiente que possibilitou a explosão de violência”. Durante seu interrogatório no STF, o ex-presidente alegou que não tinha responsabilidade pelos eventos de janeiro, classificando parte de seus apoiadores como “malucos”. No entanto, o procurador argumenta que essa alegação distorce a realidade dos feitos, que foram motivados pelas ações e omissões de Bolsonaro ao longo da transição política.

A Base para a Condenação

Ao solicitar a condenação de Bolsonaro, o procurador-geral citou provas coletadas durante a investigação, incluindo mensagens de texto, documentos e registros de entradas em determinados locais. Gonet salientou que o conjunto de provas obtidas nas investigações, incluindo materiais apreendidos, transmissões, entrevistas e declarações de testemunhas, demonstra a responsabilidade do réu nas ações que culminaram nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023.

Próximos Passos Processuais

Com a manifestação da PGR enviada, o processo se aproxima de sua reta final. Agora, inicia-se um prazo de 15 dias para que Cid, um dos réus colaboradores, apresente suas alegações finais. As defesas dos demais réus também terão 15 dias após as alegações de Cid. Assim que todas as partes se manifestarem, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve liberar o processo para julgamento.

Expectativa de Julgamento

A expectativa é que Bolsonaro e os outros sete réus sejam julgados e, possivelmente, condenados já em setembro deste ano. A análise será feita pela Primeira Turma do STF, que conta com a presença do ministro Alexandre de Moraes, entre outros. O desfecho desse processo poderá ter impactos significativos não apenas sobre os réus, mas também sobre a política brasileira como um todo, sendo mais um capítulo na crise política que o país tem enfrentado nos últimos anos.

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