Nesta terça-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reuniu-se com empresários do setor produtivo para buscar alternativas ao tarifão imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto com a presença de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Setores representados e participantes da reunião
Estiveram presentes nomes de peso do empresariado brasileiro, como Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer; Ricardo Alban, da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Josué Gomes da Silva, da FIESP; e representantes de associações industriais, como a ABIMAQ, ABICALÇADOS, ABAL e ABIT. Entre os participantes também estavam executivos de segmentos como construção, madeira, alumínio, couro e automóveis.
Segundo informações oficiais, a reunião faz parte de uma estratégia do governo para articular uma resposta ao tarifão, que tem causado preocupação na balança comercial brasileira. Uma lista detalhada de empresários participantes pode ser acessada neste link.
Próximos passos e articulações do governo
Além da reunião desta terça, o governo marcará encontros separados à tarde, com representantes do setor do agronegócio, em uma tentativa de ampliar o entendimento e buscar soluções conjuntas. Segundo fontes próximas, o presidente Lula determinou a formação de um comitê liderado por Alckmin para conduzir as negociações e definir estratégias de enfrentamento ao tarifão.
O presidente Lula, embora envolvido na articulação política, decidiu não participar diretamente dos encontros desta semana, delegando ao vice-presidente a condução dos diálogos com empresários e setores produtivos brasileiros.
Contexto e impacto das ações
O tarifão, imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, tem gerado impactos econômicos e comerciais relevantes, afetando principalmente empresas exportadoras de produtos como aeronaves, máquinas, calçados e alumínio. O governo federal busca alternativas diplomáticas e comerciais para minimizar os efeitos dessas tarifas e proteger o mercado interno brasileiro.
Especialistas avaliam que a articulação do governo é fundamental para evitar uma escalada de medidas protecionistas e promover um diálogo que possa resultar em uma redução ou isenção dessas tarifas, fortalecendo o comércio bilateral.