Exportadores de mel do Piauí anunciaram uma negociação com seus clientes nos Estados Unidos, buscando dividir o impacto de tarifas adicionais que podem entrar em vigor após 1º de agosto. Segundo uma fonte do setor, alguns clientes antigos compreenderam a situação e estão dispostos a arcar com o valor caso a tarifa de 50% seja mantida.
Parceria e responsabilidade compartilhada entre exportadores e clientes
De acordo com um representante do setor, uma mercadoria que estava no porto até domingo foi embarcada após autorização, mesmo diante de dificuldades logísticas. “Eles, clientes antigos, com os quais temos uma parceria de longa data, entenderam o problema, viram a nossa preocupação e abriram mão”, explicou. “Disseram: ‘embarca, nós assumimos a responsabilidade’”.
Se a tarifa adicional permanecer além do prazo previsto, os clientes dos EUA serão os responsáveis pelo pagamento do valor extra, que pode chegar a 50%, informou a fonte. Essa estratégia visa evitar prejuízos maiores para os exportadores locais, que dependem da exportação do mel para o mercado externo.
Impacto da tarifa na cadeia de exportação do mel
Segundo especialistas, a tarifa de 50% representa um aumento expressivo nos custos de exportação para o setor. “A expectativa é de que os custos adicionais possam inviabilizar parte das operações se não houver uma negociação ou divisão do valor” afirma Ana Carvalho, analista de comércio internacional.
A estratégia de dividir o custo interessa tanto aos exportadores quanto aos clientes, pois evita a interrupção do fluxo de embarques e preserva relações comerciais antigas, além de minimizar prejuízos financeiros para ambas as partes.
Perspectivas futuras
O setor de exportação de mel no Piauí demonstra otimismo com a compreensão dos clientes americanos, porém ressaltam a necessidade de buscar alternativas para reduzir os impactos dessas tarifas. As negociações continuam, e a expectativa é que uma solução seja definida até o final do mês.
Mais detalhes sobre o assunto podem ser acompanhados na notícia publicada pelo G1 Piauí.
