Brasil, 15 de julho de 2025
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Disputa entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas se intensifica após tarifaço de Trump

A tensão entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas cresce em meio a negociações com os EUA, enquanto ambos almejam a presidência.

A recente adoção do “tarifaço” pelo presidente americano Donald Trump causou um novo clímax nas tensões políticas entre o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ambos são possíveis candidatos à presidência, especialmente após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), e suas divergências se acentuam à medida que buscam o apoio do ex-presidente em suas ambições políticas.

A origem das tensões

No início da semana, Eduardo expressou seu descontentamento com Tarcísio de maneira contundente, criticando o governador por suas tentativas de dialogar com o governo americano e com o Supremo Tribunal Federal (STF). Para o deputado, tal atitude foi uma “falta de inteligência e de respeito”. Enquanto isso, Tarcísio mantinha uma perspectiva conciliatória, envolvendo-se em diálogos com Gabriel Escobar, o encarregado de negócios da embaixada americana, para discutir o futuro do comércio entre Brasil e Estados Unidos.

Repercussões políticas no cenário atual

Em meio a esta disputa interna, outros membros da família Bolsonaro parecem apoiar as movimentações de Tarcísio. Em uma entrevista, Jair Bolsonaro mencionou ter se reunido com o governador recentemente e que ambos têm agendas distintas, mas também compartilhadas. Essa menção pode indicar uma possível divisão de estratégias entre os Bolsonaro, o que se torna um fator essencial na luta pela presidência.

Eduardo se posiciona contra Tarcísio

Eduardo, licenciando de seu cargo desde março e permanecendo nos EUA, critica Tarcísio por se reunir com representantes da diplomacia americana sem consultar o ex-presidente sobre tais movimentações. Ele argumentou que a falta de comunicação poderia ser desfavorável, especialmente em um momento delicado, onde o passaporte de Jair Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2023, devido a um processo judicial relacionado a tentativas de golpe.

Questões sobre o mandato de Eduardo

A crise entre os dois políticos coincide com a pressão que Eduardo enfrenta para retornar ao Brasil e reassumir seu mandato. Seu período de licença se aproxima do fim, e a permanência nos Estados Unidos pode resultar em sua cassação. Em uma declaração ao Globo, Eduardo afirmou que não abrirá mão de seu mandato, mesmo frente à possibilidade de perder o cargo devido a ausências em sessões plenárias.

Tarcísio busca consenso em meio ao tarifaço

Enquanto a incerteza paira sobre o futuro político de Eduardo, Tarcísio continua a se consolidar como um player relevante nas negociações sobre a questão do tarifaço. Sua reunião programada com 15 empresários, incluindo Gabriel Escobar, reflete seu empenho em buscar soluções que minimizem os impactos da política tarifária americana sobre os interesses do estado de São Paulo, que é um dos mais afetados pelas novas tarifas.

O que está em jogo para 2026

O embate entre Eduardo e Tarcísio não é apenas uma disputa pessoal; é uma luta por influência política dentro do espectro bolsonarista, especialmente com as eleições de 2026 no horizonte. Eduardo argumentou que sua candidatura se posiciona como uma alternativa viável ao ex-presidente, enquanto pesquisas recentes parecem mostrar Tarcísio como o candidato mais forte contra o atual presidente, Lula.

A tensão entre os dois também ressalta a divisão interna dentro do grupo político que apoiou Jair Bolsonaro. Eduardo vê as movimentações de Tarcísio como uma ameaça à ascensão da direita, considerando que a ausência do ex-presidente poderia dar espaço a uma “direita permitida”, como ele descreveu. Além disso, a estratégia de Tarcísio de evitar ataques diretos ao STF pode estar causando incômodo entre os seguidores mais fervorosos de Jair Bolsonaro.

A situação se torna ainda mais complexa à medida que os aliados de Eduardo manifestam preocupações sobre seu afastamento do Brasil e as implicações que isso pode ter para suas aspirações políticas. O deputado continua a apelar para o apoio do pai e da base voltada para os bolsonaristas em sua busca por poder e influência.

À medida que o prazo para o retorno de Eduardo se aproxima, a disputa interna entre os dois políticos permanecerá um tópico quente para os próximos meses, moldando o futuro do bolsonarismo e suas perspectivas nas eleições de 2026.

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