Brasil, 15 de julho de 2025
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Diretor critica falta de regulamentação nas corridas de rua no Brasil

Thadeus Kassabian fala sobre segurança e responsabilidade nas provas de corrida e como o setor precisa de mudanças urgentes.

Em um cenário cada vez mais popularizado pelas corridas de rua, Thadeus Kassabian, diretor da Yescom, organizadora de eventos de corrida como a Meia Maratona do Rio e a Maratona de São Paulo, não poupa críticas ao panorama atual do setor. Ele classifica a situação como “uma várzea”, referindo-se ao aumento do número de corredores que não se preparam adequadamente e à falta de estrutura segura oferecida por organizadores. Kassabian destaca que é necessário um rigor maior em diversos aspectos da organização das corridas.

A questão da regulamentação

Uma das principais preocupações de Kassabian é a ausência de fiscalização por parte das federações de atletismo. Ele critica a Associação Brasileira de Corridas de Rua (Abraceo), que, segundo ele, não tem exercido uma função efetiva no que diz respeito à regulamentação e fiscalização do setor. “As organizações precisam oferecer uma estrutura segura e explicar como será o serviço de saúde nas corridas”, afirmou, ressaltando que cada parte envolvida no processo deve assumir sua responsabilidade.

Rigor e responsabilidade no treinamento

Kassabian também lança críticas às assessorias de treinamento, que frequentemente organizam ‘treinões’ sem a presença de suporte médico adequado. Ele cita casos de situações perigosas, como atropelamentos, que podem ocorrer durante esses treinos, onde não há ambulância nem licenciamento adequado. “Se um atleta tem um problema de saúde durante um ‘treinão’ desses, a responsabilidade precisa ser discutida”, acrescenta, alarmando para a falta de estrutura que, muitas vezes, é negligenciada por essas equipes.

O papel das assessorias e do atleta

Outra crítica é direcionada aos atletas que entram no circuito sem a preparação adequada. Kassabian observa que muitos corredores iniciantes inscrevem-se em provas longas como meias maratonas, sem passar por um treinamento apropriado ou realização de exames médicos. “As pessoas precisam se preparar e fazer exames para não descobrirem problemas durante a corrida”, alerta. Ele destaca que as assessorias de treino devem ter obrigatoriamente profissionais qualificados e que a ausência destes pode resultar em consequências graves para os atletas.

Para Kassabian, é fundamental exigir uma declaração médica que ateste a aptidão do atleta para a distância escolhida. “Ao exigir um atestado assinado por um médico, estamos transferindo a responsabilidade para quem realmente a tem”, argumenta. A proposta é aumentar o controle e a segurança nas provas, assegurando que todos os envolvidos, desde organizadores até os corredores, cumpram seus papéis de forma adequada.

Critérios de organização

De acordo com o diretor da Yescom, os organizadores de corridas de rua devem cumprir rigorosamente as regras da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). A falta de cumprimento dessas diretrizes tem levado a um aumento no número de eventos mal organizados, o que gera riscos à segurança dos atletas. “Se os organizadores quiserem, fazem direito”, observa kassabian, ressaltando a importância de uma competição saudável e justa, e não apenas voltada para a quantidade de participantes.

Impacto das corridas não regulamentadas

Thadeus Kassabian menciona que a falta de controle tem criado um ambiente propício para organizadores desonestos e eventos sem as devidas permissões, o que pode culminar em tragédias e incidentes sérios. Ele também ressalta a resistência de alguns organizadores em pagar a taxa de autorização (Permit) exigida, alegando que a fiscalização é deficiente mesmo entre aqueles que cumpriram com as obrigações legais.

Além disso, Kassabian destaca o comércio paralelo e o uso excessivo de inscrições por terceiros, o que pode colocar em risco a saúde e a segurança de atletas. “As provas precisam de uma organização rígida para evitar que situações indesejadas aconteçam”, sentencia. A sua posição o leva a buscar um padrão elevado nas corridas de rua no país, que não só proteja os participantes, mas que também valorize a modalidade.

Uma chamada à ação

Conforme a população se engaja cada vez mais nas corridas de rua, Kassabian faz um apelo para que todos os envolvidos — organizadores, atletas e autoridades do atletismo — se unam em prol de uma prática segura e regulamentada. “Precisamos subir o sarrafo”, destaca, sugerindo que o Brasil possa se tornar um modelo de segurança e responsabilidade no setor de corridas de rua.

Ao final, Kassabian reforça que seu compromisso permanece em trabalhar com ética e respeito às regras do esporte, visando sempre a segurança e bem-estar de todos os atletas que se dedicam à corrida como uma forma de lazer e competição. Essa é uma mensagem importante, principalmente em um momento onde vitalidade e saúde são mais valorizadas do que nunca.

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