Brasil, 16 de julho de 2025
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Bolsonaro intervém em conflito entre Eduardo e Tarcísio

Ex-presidente Jair Bolsonaro destaca a importância do diálogo após embate entre seu filho e o governador de São Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se nesta terça-feira sobre a recente polêmica envolvendo seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). O atrito surgiu em decorrência das divergências em relação ao “tarifaço” implementado pelo governo americano sobre produtos brasileiros. Após intervenções informais com ambos os lados, Bolsonaro afirmou que a situação foi pacificada e que a comunicação entre os envolvidos foi crucial para resolver os desentendimentos.

A mediação de Bolsonaro

Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro relatou que conversou pessoalmente com Eduardo e Tarcísio, ressaltando que não deveriam existir divisões dentro do grupo político. Para ele, Tarcísio é um “grande gestor” e seu papel de defesa dos interesses econômicos de São Paulo é fundamental. “Conversei com Eduardo e Tarcísio, coloquei uma pedra em cima desse assunto. Não podemos dividir”, afirmou.

O ex-presidente elogiou a iniciativa de Tarcísio em dialogar com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, para discutir soluções para a questão econômica que afeta o Brasil. Bolsonaro criticou a postura do governo atual ao afirmar que a responsabilidade pela crise econômica foi deixada a cargo do Itamaraty, que, segundo ele, está “uma piada”.

Reações ao tarifaço dos EUA

Bolsonaro também comentou a decisão do ex-presidente Donald Trump de elevar as tarifas sobre produtos brasileiros, negando qualquer envolvimento na negociação que levou a tais taxações. “Se eu fosse o presidente, o acordo já teria sido feito, nos moldes da Argentina, onde 80% dos produtos não são taxados”, disse. Ele continuou, afirmando que o atual governo parece criar caos e que tanto ele quanto Eduardo são contra as novas tarifas.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, comentou em uma entrevista ao jornal O Globo sobre a falta de “inteligência” de Tarcísio na condução desta negociação, destacando que o diálogo deveria incluir a família Bolsonaro, que tem conexões diretas com a Casa Branca. “É uma clara falta de respeito”, disse Eduardo ao criticar Tarcísio por não ter o consultado antes de se reunir com autoridades americanas.

Pedido de autorização para viagem aos EUA

Durante a crise, Tarcísio buscou a opinião de pelo menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de um pedido que autorizasse Jair Bolsonaro a viajar para os Estados Unidos e mediar diretamente a situação com Trump. Essa iniciativa já havia sido comentada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, que sugeriu que o governo atual deveria facilitar essa viagem, dado que o presidente Lula “não apresenta capacidade” para resolver a situação.

“Se Lula não tem capacidade, poderia pedir ao Alexandre de Moraes (ministro do STF) para devolver o passaporte para o Bolsonaro, que ele vai pra lá e resolve”, declarou Flávio em pronunciamento no Senado. Essas falas incidentais ressaltam não apenas a complexidade das relações familiares dentro da política, mas também a forma como os desentendimentos são percebidos e geridos entre figuras públicas de destaque.

Considerações finais

O conflito entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas reflete não apenas a tensão política atual, mas também a necessidade de estratégias eficazes e diálogos constantes entre lideranças para lidar com questões de alto impacto econômico. A intervenção de Jair Bolsonaro, embora vista como um passo positivo para resolver o atrito interno, levanta questões sobre como as relações familiares influenciam as decisões e articulações políticas no Brasil contemporâneo.

Com as próximas etapas do cenário político em andamento, fica a expectativa sobre o que poderá ser decidido em relação às tarifas e como isso irá impactar as relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos.

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