Uma nova rodada da pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira (15/7) revela um aumento significativo na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que parece estar associado à recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% os produtos brasileiros comercializados no mercado norte-americano.
Aprovação de Lula em ascensão
A aprovação do petista registrou um salto, passando de 47,3% em junho deste ano para 49,7% em julho, apresentando o maior percentual desde 2025. Em contrapartida, a taxa de desaprovação do chefe do Palácio do Planalto caiu 1,5%, de 51,8% no mês anterior para 50,3% em julho.
Metodologia da pesquisa
O levantamento foi conduzido com a participação de 2.841 brasileiros entre os dias 11 e 13 de julho, e apresentou uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada logo após Trump anunciar, no dia 9 de julho, uma nova taxa sobre os produtos brasileiros, interpretada como uma retaliação diplomática.
Impacto da declaração de Trump
A decisão de Trump de aplicar a tarifa de 50% foi justificada pelo presidente dos EUA como resultado de uma profunda insatisfação com o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que o julgamento do ex-presidente e suas ações no Brasil representam uma “caça às bruxas” que deveria ser imediatamente suspensa. Em uma carta endereçada a Lula, Trump expressou seu descontentamento, afirmando que Bolsonaro é uma figura respeitada mundialmente, e que o tratamento atual seria uma vergonha internacional.
Análise do cenário político brasileiro
O aumento na aprovação de Lula pode ser visto sob a ótica da política interna e suas repercussões externas. A tensão entre Brasil e Estados Unidos temáticos tem impacto direto nas percepções públicas. Enquanto a administração Lula enfrenta desafios econômicos e sociais, essa mudança na avaliação popular pode ser um reflexo de como os brasileiros se sentem conectados a questões de soberania e política internacional. Em tempos de crise, muitos podem ver em líderes mais agressivos no cenário global, até mesmo de um país como os EUA, uma oportunidade para reafirmar a posição do Brasil no exterior.
Em suma, enquanto o presidente Lula busca fortalecer suas políticas e implementações, as ações tomadas no contexto global, como a tarifa imposta por Trump, parecem criar um campo fértil para a elevação de sua popularidade no Brasil. Essa situação demonstra a interconexão entre política internacional e a percepção pública que, em períodos de incerteza, pode influenciar a trajetória de um governo e seus líderes.
Expectativas futuras
Com a taxa imposta por Trump em vigor, os próximos meses poderão ser cruciais para o governo Lula. A expectativa é que a administração brasileira responda a essa medida de forma estratégica, buscando alternativas que minimizem o impacto econômico no país e, ao mesmo tempo, reforcem a mensagem de unidade e resistência aos desafios externos. O diálogo diplomático, embora desafiador, pode ser uma ferramenta essencial para navegar esses tempos turbulentos e fortalecer a imagem do Brasil no cenário global.
As pesquisas futuras serão essenciais para seguir avaliando se essa tendência de aumento na aprovação de Lula se sustentará e como os brasileiros responderão às futuras decisões internacionais que impactam diretamente sua economia e política externa.
Assim, o cenário político brasileiro se apresenta dinâmico e em constante transformação, lembrando a todos da importância da política no cotidiano e sua interconexão com fatores internacionais que moldam a realidade nacional.