O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou sua segunda visita oficial ao Reino Unido, uma ocasião inédita na história diplomática bilateral. A confirmação veio do Palácio de Buckingham, após uma convite pessoal feito pelo rei Charles III durante uma visita à Casa Branca em fevereiro.
Uma visita sem precedentes na história diplomática
Segundo o primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, a segunda visita de Estado a Trump é uma exceção às normas tradicionais, que geralmente reservam visitas de cerimônia, como chá ou almoço, a Windsor Castle em ocasiões de reeleição presidencial. “Isso revela o grande respeito do Reino Unido por Trump e pela relação especial que mantemos”, afirmou Starmer.
Trump celebrou a oportunidade de rever o rei Charles III e declarou, em entrevista na Casa Branca, que considera o monarca uma “pessoa maravilhosa” e que “juros profundos” unem seus governos. “É uma honra estar de volta, e quero agradecer ao rei e ao povo do Reino Unido pela recepção,” disse o ex-presidente.
Contexto atual da relação bilateral e protestos
As relações entre os dois países parecem estar em bom momento, com Trump e Starmer exibindo uma postura de união durante o recente cume da OTAN em 2025. O Reino Unido foi um dos poucos países a firmar um acordo comercial com Trump antes do prazo de tarifas de 9 de julho, demonstrando uma aliança mais forte.
Entretanto, a visita ocorre em meio a resistência e protestos na sociedade britânica, que expressam opinião contrária ao retorno de Trump ao palco diplomático mundial. Manifestantes convocaram ações contra a visita, destacando preocupações com suas políticas e postura global.
Convite para reunião privada na Escócia
Além da visita oficial, Trump convidou Sir Keir Starmer para um encontro privado em sua próxima viagem à Escócia, ainda neste mês. Segundo fontes de Downing Street, o convite foi aceito, o que evidencia uma tentativa de fortalecer os laços políticos além do âmbito diplomático oficial.
Perspectivas e debates futuros
A próxima visita de Trump deverá consolidar alianças, mas também reacender debates internos no Reino Unido sobre os impactos de relações mais próximas com figuras controversas. Analistas destacam que a visita simboliza tanto a força dos laços tradicionais quanto os desafios de uma sociedade polarizada.