A Prefeitura de Presidente Prudente, situada no interior de São Paulo, divulgou dados preocupantes sobre as faltas de pacientes em consultas agendadas na rede pública de saúde. Nos quatro primeiros meses de 2025, o índice de abstenção atingiu 15,5%, o que significa que dos 2.276 agendamentos realizados, 353 não foram comparecidos. Essa situação traz à tona uma série de implicações que afetam não apenas a gestão do sistema de saúde, mas também a saúde dos próprios pacientes.
O impacto das faltas nas consultas
De acordo com a secretária municipal de saúde, Adriana Vitório, a abstenção nas consultas impacta diretamente o funcionamento do sistema de saúde. “Quando um paciente falta à consulta e não avisa com antecedência, ele tira a vaga de outra pessoa que poderia ser atendida. É uma perda dupla: de tempo, de recursos e de oportunidade”, destacou. Essa situação pode levar a um agravamento do quadro clínico dos pacientes que necessitam de diagnóstico e tratamento precoce.
A gestão eficaz de filas e o fluxo de atendimentos são cruciais para a operacionalização do sistema de saúde municipal. A falta de comparecimento em consultas não só gera um desperdício de recursos, mas também pode contribuir para a deterioração da saúde pública ao impedir que novos pacientes sejam atendidos em tempo hábil.
Comparativo com anos anteriores
Se olharmos os dados de janeiro a abril do ano anterior, em 2024, o cenário também não era ideal. Nesse período, foram agendadas 1.556 primeiras consultas, com 230 faltas, o que resulta em uma taxa de 14,9% de ausências. É notável que, apesar da queda no número absoluto de faltas entre 2024 e 2025, o índice de absenteísmo geral aumentou, sinalizando uma adesão preocupante dos pacientes aos agendamentos de exames.
No primeiro quadrimestre de 2024, as ausências em exames alcançaram 2.664, o que correspondia a uma taxa média de 18,69%. Em 2025, o número absoluto diminuiu para 1.480, porém, proporcionalmente, o índice subiu para 20,07%. Essa discrepância levanta questões sobre o compromisso dos pacientes com o tratamento e a prevenção de doenças.
Aumento nas taxas de absenteísmo em procedimentos específicos
Alguns procedimentos têm observado um aumento acentuado nas taxas de absenteísmo nos últimos anos. Por exemplo:
- Endoscopia: a taxa de faltas saltou de 19,43% em 2024 para 24,62% em 2025.
- Radiologia: a taxa de absenteísmo na realização de exames de imagem simples aumentou de 21,19% para 22,19%.
- Ultrassonografia: teve um leve aumento, indo de 16,26% para 17,87%.
- Exames em especialidades: mantiveram um índice alto, sendo 20,10% em 2024 e 18,24% em 2025.
Esses dados revelam uma tendência preocupante que pode exigir uma intervenção mais contundente por parte da gestão pública, com o intuito de promover a conscientização sobre a importância do comparecimento às consultas e exames agendados.
Conclusão
O alto índice de absenteísmo em consultas e exames na rede pública de saúde de Presidente Prudente é um reflexo de um problema mais amplo que pode comprometer a saúde coletiva. É fundamental que os órgãos de saúde promovam campanhas de conscientização e estratégias que incentivem os pacientes a comparecerem aos seus compromissos médicos. A saúde pública depende da colaboração de todos para garantir um atendimento de qualidade e, consequentemente, a recuperação e manutenção da saúde da população.
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