Brasil, 15 de julho de 2025
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Tarifa de Trump sobe preços do suco de laranja e agrava situação do Brasil

Cenário de tensões comerciais nos EUA eleva contratos futuros do suco de laranja para maior nível em quatro meses

Os contratos futuros de suco de laranja atingiram o maior valor em quatro meses, em Nova York, impulsionados pela ameaça do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, que pode restringir significativamente o fornecimento aos EUA, aumenta a preocupação com o impacto na cadeia de commodities, incluindo café e carne bovina.

Estimativa de valorização do contrato de suco de laranja

O contrato mais ativo subiu até 8,7%, chegando a US$ 3,1385 por libra-peso, seu maior nível intradiário desde 6 de março. Desde a semana passada, quando Trump anunciou a possível aplicação de tarifas previstas para agosto, os preços vêm se valorizando, refletindo o receio do mercado de uma desestabilização no comércio global de commodities.

Dependência dos EUA do suco brasileiro

O Brasil é o principal exportador de suco de laranja para os Estados Unidos, com importações próximas de US$ 1 bilhão no último ano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. O México figura como o segundo maior fornecedor, respondendo por cerca de um terço do volume brasileiro. Diante dessa dependência, o aumento das tarifas pode enfraquecer a competitividade do produto brasileiro no mercado americano.

Conjuntura de tensões comerciais e impacto na economia

Craig Elliott, analista de mercado da Expana, informou que a ameaça de interrupção no fornecimento ocorre em um momento de crescente dependência dos EUA nas importações brasileiras, principalmente devido à queda na produção na Flórida. “Embora o impacto das tarifas ainda seja incerto, a quantidade de comércio potencialmente afetado é significativa, e isso pode prejudicar ainda mais a competitividade do Brasil”, afirmou.

Discussões e possíveis alternativas entre Brasil e EUA

Segundo informações da CNN Brasil, o Brasil pode solicitar aos EUA a redução da tarifa de 50% para 30%, além de discutir cotas de exportação tanto para café quanto para laranjas. A imposição de tarifas também impactaria os embarques de café brasileiro, principal produto de exportação do país, que tiveram avanço de até 4,4% nas cotações nesta segunda-feira, o maior movimento intradiário desde o fim de abril.

Repercussões econômicas e perspectivas futuras

Mark Bowman, analista da ADM Investor Services, destacou que a imposição de tarifas elevada pode elevar os preços do café nos EUA, criando excedente nos mercados mundiais e pressionando ainda mais os preços futuros do grão. A possível redução da tarifa de 50% para 30% seria uma tentativa do Brasil de diminuir os impactos econômicos, que já afetam o mercado de commodities e a economia brasileira.

O cenário de tensão comercial evidencia o desafio do Brasil em manter estabilidade na exportação de produtos considerados estratégicos, enquanto negocia possíveis ajustes nas tarifas para evitar prejuízos ainda maiores, sobretudo em setores essenciais como o de alimentos.

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