O renomado ator Luis Lobianco, conhecido pelo icônico papel de Freitas na novela Vale Tudo, recentemente abriu as portas de seu apartamento situado na encantadora Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, para uma visita emocionante ao programa gshow. Durante o tour, além de exibir a decoração elegantemente planejada, Lobianco aproveitou para refletir sobre suas vivências pessoais, revelando um lado mais íntimo e vulnerável.
A dor da perda e a força da memória
Um dos momentos mais tocantes da conversa foi quando o ator rememorou a perda de sua mãe, Maria de Lourdes, que faleceu quando ele tinha apenas 6 anos. O câncer linfático levou seu maior apoio na infância, marcando sua vida de maneira indelével. Lobianco compartilhou com firmeza e sensibilidade: “A pior coisa que pode acontecer com uma criança é a perda da mãe. Lido com isso a vida inteira e vou ter que lidar sempre.”
“Tive muito apoio e ganhei muitas mães, como a minha avó, minhas tias. O meu pai, logo depois do falecimento da minha mãe, se casou. E fui criado pela minha segunda mãe, a Irene, que é maravilhosa.”
Sua voz emocionada ressoou no ambiente, trazendo à tona a força que encontrou em sua família estendida, que o ajudou a lidar com um trauma tão profundo. “O adulto chora, sofre. A criança fica sem saber o que está acontecendo, um pouco envergonhada de não ter mãe, perdida”, refletiu o ator, revelando a complexidade das emoções durante a infância.
Homenagem à mãe e a arte como refúgio
No apartamento, a presença de quadros retratando sua mãe é uma homenagem visível e emocionante. Um destaque é uma obra do artista pernambucano Darlan, que retrata Maria de Lourdes acompanhada de seu nome. “A ausência nunca vou conseguir substituir. Faz parte de mim. Mas é preciso aprender a lidar”, acrescenta Lobianco com maturidade.
Os quadros não são apenas uma questão estética para o ator; eles representam suas memórias e emoções. Além da homenagem à mãe, ele ama adquirir peças de arte, investindo seu tempo e recursos nesta paixão. “Uma coisa que faço é investir muito em objetos de arte. Quase não tenho peças para decorar porque gosto muito de arte, de ir até o artista e conhecer o ateliê dele ou dar uma olhada pelo Instagram.”
Convivência com perdas e memórias duradouras
Lobianco também falou sobre a difícil perda de seu amigo, o ator Paulo Gustavo, com quem teve a honra de contracenar no humorístico “Vai Que Cola”. “É inacreditável. O Paulo ainda é muito presente. Ele foi transformador. Depois dele, as coisas mudaram.” O ator ainda destacou a presença da irmã de Paulo na equipe, reafirmando como o legado do amigo permanece vivo.
“Às vezes, tenho a sensação de que ele não está longe. O Paulo influenciou muita gente! Foi muito triste.”
O cotidiano e a arte de viver
A vida cotidiana de Luis Lobianco é rica e cheia de significados. Ele compartilha que adotou a bicicleta como seu meio de transporte preferido, promovendo um estilo de vida mais saudável e sustentável. “Eu faço tudo de bicicleta, mesmo! Vou à academia, padaria, mercado, farmácia, e tudo andando de bicicleta”, conta ele com entusiasmo, demonstrando o quanto a simplicidade e a conexão com o próprio bairro trazem felicidade.
O ator finalizou a entrevista falando sobre seu amor por momentos simples, como fazer café em casa, escutar podcasts e assistir séries. “Amo ficar em casa. Adoro quando tenho a manhã livre para fazer o meu café, ficar sentado no sofá… Passar o dia curtindo o meu apartamento”, comenta, trazendo à tona a importância de encontrar conforto e alegria em pequenos detalhes do dia a dia.
Reflexões sobre a vida e a arte
Com um apartamento repleto de obras de arte e memórias afetivas, Luis Lobianco não apenas expressa seu estilo único, mas também compartilha a beleza de viver e superar perdas. A maneira como ele preserva a memória de sua mãe e de outros entes queridos através da arte é uma prova do poder do amor e da criação de um legado duradouro.
Em suma, a visita ao apartamento de Lobianco foi mais do que uma simples exibição de decoração; foi uma janela para a alma de um artista que sabe como lidar com sua dor e celebrar a vida, sempre através do olhar da arte.