No último sábado, o empate em 0 a 0 entre Duque de Caxias e Cabofriense pela Série A2 do Campeonato Carioca foi ofuscado por uma cena lamentável e de violência. Após o apito final, jogadores do Duque de Caxias invadiram a arquibancada do Estádio Romário de Souza Faria, agredindo torcedores presentes, em um ato que gerou indignação no esporte.
A confusão no estádio e a reação dos torcedores
A situação começou quando três jogadores do Duque de Caxias, entre eles o lateral Léo Júnior, pularam o alambrado e confrontaram torcedores. De acordo com testemunhas, o volante Eduardo (famoso como Neném) e o atacante Luiz Augusto também se juntaram à briga. Eram momentos de tensão em que torcedores, insatisfeitos com o desempenho do time, estavam fazendo protestos contra o rebaixamento do clube para a terceira divisão do Campeonato Estadual.
O torcedor Lucas Quirgo, que estava acompanhando a partida, relatou que a situação escalou rapidamente. “Estávamos protestando contra o rebaixamento do time quando alguns jogadores vieram em direção aos torcedores de forma agressiva. Um dos torcedores é uma pessoa com deficiência, e eu entrei na frente para protegê-lo. Foi nesse momento que os jogadores partiram para cima de mim e me agrediram covardemente. Eram cerca de 10 jogadores contra mim,” contou ao GLOBO.
Versões divergentes sobre a agressão
Enquanto a torcida clamava por respostas, os jogadores apresentaram uma versão diferente dos eventos. Em declarações, afirmaram que invadiram a arquibancada não por provocação, mas porque acreditavam que seus familiares estavam sendo agredidos, uma alegação que não foi corroborada por pessoas próximas ao incidente, pois ninguém testemunhou tal agressão.
O episódio chocou não apenas os torcedores presentes, mas também o restante da torcida do Duque de Caxias e o público em geral. O clube, que já enfrentava dificuldades, teve sua imagem abalada pela conduta de seus jogadores. A diretoria da equipe se comprometeu a tomar medidas disciplinares contra os responsáveis pela confusão.
Nota oficial do Duque de Caxias
Em uma nota oficial, o Duque de Caxias expressou sua posição sobre a violência ocorrida. “O Duque de Caxias Futebol Clube não compactua com qualquer ato de violência ocorrido no Estádio Marrentão durante a última partida. O clube esclarece que solicitou previamente o patrulhamento da Polícia Militar, além de ter contratado segurança privada, que foi vista atuando para conter a confusão nas arquibancadas,” afirmou o comunicado.
A nota também destaca o repúdio do clube à agressão sofrida por membros da torcida, considerando-os parte essencial da história do Duque de Caxias. “Lamentamos profundamente este episódio, que marca uma das páginas mais tristes da nossa trajetória. O Duque de Caxias tomará as medidas internas cabíveis em relação aos jogadores envolvidos”, declarou.
Desafios e futuro do clube
Em meio a um cenário de dificuldades financeiras e resultados decepcionantes, o clube ainda busca se reerguer. “Reforçamos que o clube vive um cenário de extrema dificuldade financeira, com poucos recursos para manter o elenco. Ainda estamos em disputa na Copa Rio e na Série B1 do Campeonato Estadual,” ressaltou a nota oficial.
O Duque de Caxias agora enfrenta a missão de reerguer a moral da equipe e recompor a confiança dos torcedores. O apoio da torcida será fundamental nesse processo, já que a equipe busca dias melhores, tanto dentro quanto fora de campo.
O incidente ressalta a importância de conduzir o incidente de forma adequada, fazendo com que a segurança e o respeito em eventos esportivos sejam prioridade. Que episódios como este sirvam de alerta e que difusões pacíficas possam prevalecer nas arquibancadas do Brasil.
