Com os primeiros votos nas primárias presidenciais ainda a mais de dois anos de distância, uma movimentação significativa já é observada entre os prováveis candidatos do Partido Democrata. Nos próximos dias, três figuras proeminentes estarão em campanha na Carolina do Sul, um estado tradicionalmente importante para a corrida presidencial. No total, quase uma dúzia de outros aspirantes já visitaram regiões-chave como Carolina do Sul, New Hampshire e Iowa, ávidos por se fazerem notar antes do início oficial da corrida.
Corrida presidencial antecipada
A dinâmica deste ciclo eleitoral parece mais intensa do que o habitual. Com os eleitores de estados como Carolina do Sul acostumados a ver os candidatos meses, ou até anos antes, essa “corrida” já começa a tomar forma com uma frequência que surpreende muitos analistas políticos. O que se observa é uma vontade crescente dos candidatos em interagir com os eleitores e testar suas mensagens antes mesmo do início oficial das primárias.
Entre os que estão de olho na corrida de 2028, estão o governador da Califórnia, Gavin Newsom, que em suas aparições na Carolina do Sul levantou a possibilidade de uma candidatura, e o governador de Kentucky, Andy Beshear, que também planeja viajar ao estado para se conectar com os eleitores. Newsom respondeu de forma positiva quando os eleitores gritaram “2028!” no início de sua campanha, embora tenha insistido que sua visita era focada na preparação para a eleição de meio de mandato em 2026.
Possíveis candidatos e suas estratégias
Beshear, por sua vez, está se posicionando como uma alternativa moderada, mirando em membros de sindicatos e da comunidade negra durante suas falas. Ele defende que há uma grande oportunidade para os Democratas reconquistar o eleitorado que se afastou do partido nos últimos anos e acredita que uma abordagem mais centrada é necessária para isso. Os desafios incluem a percepção de que o partido se afastou de questões comuns a esse eleitorado, o que, segundo Beshear, exige um foco e uma disciplina renovados.
Perspectivas de liderança em um clima incerto
Com a sombra da derrota nas últimas eleições ainda presente, o Partido Democrata parece determinado a se reconstruir antes de 2028. A expectativa é que mais de 30 candidatos possam entrar na disputa primária, o que geraria um campo ainda mais disputado do que nas primárias de 2020. A falta de um candidato claro à frente, entre eles a vice-presidente Kamala Harris, aumenta a incerteza sobre quem será o escolhido para enfrentar o Partido Republicano, que não terá um incumbente na corrida, já que o atual presidente, Donald Trump, é impedido de concorrer a um terceiro mandato.
A importância de Iowa e New Hampshire
Enquanto estados como a Carolina do Sul recebem visitas frequentes, Iowa e New Hampshire permanecem críticos para o processo das primárias. Ambos os estados têm um histórico de desempenhar papéis significativos nos ciclos eleitorais. Recentemente, Gavin Newsom e outros líderes democratas também passaram por essas regiões, sendo recebidos com grande expectativa pelos eleitores locais, que estão prontos para ver novos rostos e ideias.
O que os eleitores pensam
Para muitos eleitores e líderes do Partido Democrata, a empolgação por uma nova eleição já chegou. Em declarações, alguns ressaltam que a energia gerada pela presença dos potenciais candidatos pode revitalizar o partido, algo visto como necessário após as experiências recentes de grandes derrotas. Estão todos aguardando ansiosamente as oportunidades que 2028 pode oferecer, com uma nova geração de líderes emergindo no palco político.
A corrida presidencial pode não ter começado oficialmente, mas as movimentações já estão em curso, e as expectativas são altas entre os democratas que desejam ver seu partido restaurar seu poder e influência no cenário nacional. Para os aspirantes a candidatos, cada aparição conta, e a estratégia de engajamento com o eleitorado começa a ser mais essencial do que nunca.