Brasil, 14 de julho de 2025
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Crítica à Fifa após novo Mundial de Clubes e alegações de risco à saúde dos atletas

A FIFPro denuncia a Fifa por descaso com a saúde de jogadores após o Mundial de Clubes nos EUA, que rendeu lucros bilionários.

No encerramento do recente Mundial de Clubes, foi gerada uma grande polêmica envolvendo a Fifa e o sindicato que representa os jogadores profissionais, a FIFPro. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, é acusado de negligenciar a saúde dos atletas durante a competição realizada nos Estados Unidos. Em um comunicado, a FIFPro expressou sua preocupação com as condições enfrentadas pelos jogadores, destacando que o sucesso financeiro do torneio não pode se sobrepor ao bem-estar dos atletas.

Dificuldades enfrentadas pelos atletas no Mundial de Clubes

Após o término do torneio, que ocorreu entre 14 de junho e 13 de julho, a FIFPro criticou o formato da competição e as condições impostas aos jogadores. O campeonato reuniu 32 equipes, e, apesar do Chelsea ter saído como campeão ao vencer o PSG por 3 a 0, o calendário era descrito como “desumano” pela entidade. Os jogadores tiveram apenas 21 dias de férias após uma temporada já desgastante, uma semana a menos do que o recomendado pela FIFPro.

Condições climáticas e intervalo entre partidas

Um dos principais pontos levantados pela FIFPro consiste nas condições climáticas extremas enfrentadas durante o torneio. Os jogadores lidaram com temperaturas elevadas, que exigiram longas interrupções, como as que foram observadas em partidas como a do Benfica. Além disso, a Fifa estabeleceu um intervalo mínimo de 72 horas entre as partidas, mas esse prazo nem sempre foi respeitado, exacerbando ainda mais o desgaste físico dos atletas.

Sergio Marchi, presidente da FIFPro, não poupou críticas à gestão de Infantino: “Infantino se comporta como um homem que se julga Deus. Jogou-se com temperaturas inaceitáveis, colocando em risco a saúde dos jogadores. Essa situação não pode se repetir no Mundial do próximo ano”, referindo-se ao torneio que ocorrerá em 2026 em parceria com o México e Canadá.

O lucro e a negligência com os atletas

Embora o torneio tenha gerado um lucro significativo de mais de 1,8 bilhão de euros, o custo para os jogadores foi considerado alto demais. A FIFPro ressaltou que, enquanto a Fifa celebrava o sucesso comercial do evento, muitos atletas enfrentaram desafios que comprometeram sua saúde e desempenho. Marchi descreveu a competição como “uma encenação de um espetáculo global digno do ‘pão e circo’ da Roma antiga” e enfatizou que a Fifa ignora a voz de quem realmente faz o futebol acontecer.

A resposta da Fifa às críticas

Em resposta às acusações, a Fifa afirmou que levou em consideração questões relacionadas à saúde dos jogadores ao planejar o calendário do torneio. A entidade ressaltou que há um “consenso” sobre a importância de um intervalo mínimo de 72 horas entre os jogos e 21 dias de férias por temporada. Contudo, a FIFPro denunciou que a realidade ainda está longe das necessidades reais dos atletas e reforçou a importância de um diálogo mais significativo nas decisões que envolvem o futebol mundial.

O embate entre a Fifa e a FIFPro ressalta a importância de se discutir a saúde e o bem-estar dos jogadores em um contexto cada vez mais comercializado e intenso do futebol moderno. Com a próxima Copa do Mundo se aproximando, a expectativa é de que as vozes dos jogadores sejam ouvidas e que suas condições de trabalho sejam melhoradas para garantir um futebol mais seguro e justo.

À medida que a discussão avança, o futuro dos torneios de futebol e o papel da Fifa na proteção dos atletas continuam a ser um tema crucial no mundo do esporte.

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