O Brasil ganhará sua primeira fábrica de glúten vital, matéria-prima essencial para a indústria alimentícia, com previsão de início de operações em 2026. Localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, a nova unidade da empresa Be8 marcará um avanço importante na produção nacional desse insumo.
Contribuição para o mercado brasileiro de alimentos e produtos
O glúten vital, derivado do processamento da farinha de trigo, é utilizado para melhorar a qualidade de farinhas na fabricação de pães, massas, pizzas, além de estar presente em medicamentos e produtos de higiene pessoal, como creme dental. A nova fábrica estima produzir mais de 25 mil toneladas deste subproduto anualmente, o que deve atender toda a demanda do mercado interno.
Redução na dependência de importações de glúten vital
Atualmente, o Brasil depende da importação de países como China, Áustria, Bélgica e Alemanha para suprir sua necessidade de glúten vital. Em 2022, o país importou cerca de 22,1 mil toneladas, segundo dados da Abitrigo, associação que reúne fabricantes do setor. A instalação da fábrica em Passo Fundo deve diminuir essa dependência e fortalecer a produção nacional.
Financiamento e investimento
O projeto contará com um aporte de R$ 290,2 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para sua construção. A expectativa é que a unidade processe 525 mil toneladas de cereais por ano, gerando cerca de 209 milhões de litros de etanol anidro anualmente, além de produtos como o DDGS, utilizado na alimentação animal.
Fábrica de etanol e produção de grãos modificados
A fábrica será, na verdade, uma unidade de produção de etanol a partir de grãos como milho, trigo e triticale. O projeto envolve parcerias com a Embrapa, para produção de triticale enriquecido, e com a GDM, responsável por trigo geneticamente modificado com maior conteúdo de amido, visando aumentar a eficiência na fabricação do álcool combustível.
Capacidade de processamento e parcerias
A nova planta deve processar até 525 mil toneladas de cereais por ano, produzindo aproximadamente 209 milhões de litros de etanol anidro. A iniciativa reforça a estratégia de autossuficiência do Brasil na produção de ingredientes e combustíveis renováveis, além de impulsionar a inovação no setor agrícola.
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