No final da noite de domingo, a seleção brasileira feminina de futebol fez sua estreia na 10ª Copa América com uma vitória por 2 a 0 sobre a Venezuela. Apesar do resultado positivo, a atuação da equipe deixou a desejar em comparação às últimas partidas contra seleções europeias. O treinador Arthur Elias valorizou a vitória, assegurando que o time ganhará tração ao longo da competição.
Expectativas antes da partida
Durante a coletiva de imprensa realizada no estádio Chillogallo, em Quito, o técnico da seleção brasileira expressou suas preocupações sobre a partida, prevendo um jogo desafiador. A Venezuela, que se preparou por 26 dias antes do torneio, teve um tempo de adaptação maior à altitude da capital equatoriana, que se encontra a 2.850 metros acima do nível do mar. Essa diferença na preparação pareceu impactar a performance da equipe venezuelana, mas o treinador elogiou a evolução de suas atletas, especialmente no segundo tempo.
Dificuldades na partida
A seleção brasileira enfrentou dificuldades no início da partida. A Venezuela foi a equipe que começou melhor, mostrando um desenvolvimento livre dentro do campo adversário. O Brasil teve problemas para se encontrar no jogo, principalmente em seu setor ofensivo, onde muitas chances foram desperdiçadas. Além da falta de eficiência nas finalizações, a equipe também enfrentou problemas com a linha de impedimento armada pelas jogadoras venezuelanas.
O desempenho melhorou no segundo tempo, o que deixou o treinador otimista. “Faltou oxigênio no pulmão e para pensar melhor também, na tomada de decisões”, analisou Arthur Elias, que destacou que o time cometeu muitos erros técnicos e ficou menos tempo com a bola do que havia treinado. Porém, enfatizou que houve uma grande evolução no segundo tempo e que ajustes foram realizados para melhorar a marcação. “É importante entender como o jogo foi corrigido ao longo do tempo”, completou.
Formação tática e mudanças futuras
Para a estreia, Arthur Elias optou por um esquema tático diferente, utilizando três zagueiras, uma mudança em relação aos amistosos anteriores. O treinador indicou que ajustes nas onze iniciais serão feitos para os próximos jogos. “As atletas entendem bem a identidade e o modelo de jogo. Estamos em um momento muito bom da seleção brasileira”, afirmou.
Ele enfatizou que não tem uma preferência rígida de sistema e que busca variações táticas com o intuito de facilitar o jogo para suas jogadoras. “Com certeza vocês verão a seleção brasileira jogando em outro sistema. Escolhi dar continuidade, mas é provável que a gente mude”, explicou Elias.
Próximos desafios na competição
O próximo desafio do Brasil na Copa América será contra a Bolívia, na quarta-feira, às 18h (de Brasília), no mesmo estádio. A expectativa é de que as adversárias apresentem menos resistência em comparação com a Venezuela. Conforme o planejamento da seleção brasileira, espera-se que as atletas não estejam completamente aclimatadas até o terceiro jogo, que será contra o Paraguai, no dia 22, após um dia de descanso.
“Acredito que, para o próximo jogo, talvez a gente sinta um pouco a altitude, mas já para a terceira partida, vamos estar super adaptadas à velocidade da bola e ao campo”, concluiu Arthur Elias, mostrando-se esperançoso para o futuro do Brasil na competição.
Com essa vitória, mesmo com uma performance abaixo da expectativa, o Brasil mostra que, apesar das adversidades, continua no caminho certo em busca do título na Copa América feminina.