A atividade econômica brasileira registrou uma queda de 0,7% em maio, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira. Essa foi a primeira retração do indicador no ano, que vinha de uma sequência de crescimento iniciada em janeiro.
Dados evidenciam perda de fôlego na economia brasileira
Com o resultado de maio, o índice fechou em 108,9 pontos, após atingir o maior patamar da série histórica, iniciada em 2003, em abril, com 109,7 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve avanço de 3,3%, enquanto o crescimento acumulado no primeiro quadrimestre chegou a 2,6%. Em 12 meses, o avanço foi de 4%.
Setores pressionados pela retração
A retração de maio foi influenciada principalmente pela agropecuária, que encolheu 4,2% no mês. A indústria também apresentou queda de 0,5%, enquanto o setor de serviços — o maior da economia — teve estabilidade, sem crescimento. Esses números reforçam a percepção de perda de fôlego na atividade econômica, especialmente após um início de ano com expectativas de forte recuperação.
Projeções econômicas mais moderadas para 2025
Apesar do crescimento de 3,4% registrado em 2024, o mercado espera uma expansão mais moderada para este ano, de aproximadamente 2,2%, conforme o Boletim Focus. O Banco Central já indicou que a desaceleração econômica faz parte do esforço para conter pressões inflacionárias.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho, a autoridade monetária elevou a taxa Selic para 15% ao ano, o maior nível em quase duas décadas, sinalizando a manutenção dos juros altos por período prolongado. Segundo o BC, a política monetária restritiva já começa a frear a atividade econômica e deve impactar o mercado de trabalho nos próximos meses.
Especialistas avaliam que a combinação de alta dos juros e retração na atividade pode influenciar o cenário econômico no segundo semestre, com possíveis efeitos na recuperação do crescimento e no emprego.
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