Brasil, 14 de julho de 2025
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Alckmin e a estratégia política na resposta ao tarifão de Trump

Governo destaca a coordenação de Alckmin na negociação para equilibrar impactos das tarifas dos EUA e fortalecer o cenário eleitoral de 2025

O governo federal optou por entregar a vice-presidência de Geraldo Alckmin (PSB) a coordenação da resposta às tarifas impostas por Donald Trump, uma movimentação que alia aspecto técnico a uma estratégia política de aproximação ao empresariado paulista e ao fortalecimento de sua base eleitoral em São Paulo.

Estratégia política e conexões com São Paulo

Alckmin, que foi governador de São Paulo por quatro mandatos, representa uma figura de equilíbrio no cenário político e econômico. Sua nomeação como responsável pela negociação com o setor empresarial visa criar uma ponte entre o governo e os empresários mais afetados pelas tarifas estadunidenses, especialmente do setor industrial e do agronegócio.

Segundo ministros presentes na reunião com o presidente Lula no Palácio da Alvorada, a equipe federal planeja realizar duas reuniões nesta semana — uma com empresários do setor industrial e outra com representantes do agronegócio — para debater estratégias de reação às tarifas.

Repercussões e movimentos futuros

O governo também pretende dialogar com setores que importam produtos dos Estados Unidos, antecipando ações relacionadas à Lei da Reciprocidade Econômica, cuja regulamentação deve sair ainda nesta terça-feira (15). Alckmin já conduz negociações intensas desde o começo do ano, movido por uma lógica de mitigação dos impactos econômicos decorrentes das tarifas.

Aspecto eleitoral e influência política de Alckmin

Dentro do núcleo que planeja a reeleição de Lula em 2025, o nome de Alckmin é apontado como uma potencial peça-chave, seja em uma candidatura ao governo de São Paulo ou a uma das vagas do Senado Federal. Apesar de preferir seguir na chapa presidencial, o vice tem seu perfil valorizado como ferramenta de apelo político no maior colégio eleitoral do país.

Essa estratégia busca fortalecer a relação entre o Palácio do Planalto e o empresariado paulista, além de ampliar as chances de Lula consolidar seu projeto político nas próximas eleições.

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