A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou nesta segunda-feira (13) que as tarifas de 30% impostas pelos Estados Unidos podem interromper cadeias de suprimento essenciais entre a UE e os EUA, prejudicando empresas, consumidores e pacientes de ambos os lados do Atlântico. A declaração ocorreu em resposta à carta enviada pelo ex-presidente Donald Trump, que justificou a medida como uma forma de proteger a indústria americana.
Impacto nas importações de medicamentos e produtos farmacêuticos
Segundo Von der Leyen, a União Europeia exporta uma quantidade significativa de medicamentos e produtos farmacêuticos para os Estados Unidos, sendo que as tarifas elevadas podem afetar essa relação comercial. “Essas tarifas podem interromper fluxos comerciais essenciais e colocar em risco o fornecimento de medicamentos de alta prioridade”, disse a presidente da Comissão Europeia durante uma coletiva de imprensa.
De acordo com analistas do setor, a medida de Trump pode ter efeitos colaterais na cadeia de produção e distribuição de medicamentos, impactando diretamente a saúde pública dos dois lados do Atlântico. A UE já havia manifestado preocupação de que tarifas elevadas possam gerar um efeito dominó em setores estratégicos.
Esforços diplomáticos e possíveis reações
Autoridades europeias têm pressionado por negociações diplomáticas para evitar a adoção de tarifas adicionais, mas o ministro alemão das Relações Exteriores declarou que a UE deve estar preparada para tomar “medidas decisivas” caso as negociações de tarifas fracassem. Segundo fontes do G1, as discussões ainda estão em andamento e o cenário permanece instável.
Possíveis desdobramentos futuros
Especialistas afirmam que, se as tarifas permanecerem ou forem reforçadas, a relação comercial entre UE e EUA poderá sofrer uma nova fase de tensão. A União Europeia avalia alternativas para proteger seus interesses econômicos e assegurar o abastecimento de setores estratégicos, incluindo ações diplomáticas e medidas retaliatórias.
Reação do setor industrial
Representantes do setor industrial europeu alertam que para manter a competitividade, a integração de cadeias produtivas transatlânticas deverá ser prioridade nas negociações. “A interrupção dessas cadeias pode elevar custos e atrasar inovações necessárias para a saúde de nossas sociedades”, informou a Associação Europeia de indústrias farmacêuticas.
