Brasil, 13 de julho de 2025
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Trump intensifica guerra comercial e o mercado avalia riscos

Medidas protecionistas do governo americano aumentam a tensão global, afetando moedas, commodities e a confiança dos investidores

O presidente Donald Trump reforçou sua ofensiva comercial nesta semana, prometendo novas tarifas de até 30% sobre produtos de vários países, incluindo a União Europeia, Canadá, Brasil e Argélia. Apesar dos alertas sobre riscos para a economia mundial, os mercados demonstram sinais de cautela, enquanto investidores tentam avaliar o real impacto dessas medidas.

Impacto nas negociações e no mercado internacional

Trump divulgou que há uma possibilidade de ajustes nas tarifas, mas deixou claro que novas barreiras comerciais estão a caminho. A União Europeia tentou negociar um acordo provisório com os Estados Unidos para evitar aumentos, mas a situação se complicou após a emissão de novas ameaças pelo governo americano. Segundo analistas, há muitas condições e cláusulas que podem atenuar o impacto dessas tarifas, o que explica a estabilidade momentânea dos mercados.

De acordo com o economista Brian Jacobsen, da Annex Wealth Management, “os investidores não deveriam apostar que Trump está apenas blefando com a ameaça de tarifa de 30% sobre os produtos da UE”. Ele destaca que esse nível de tarifa é punitivo, mas que suas consequências econômicas podem ser mais prejudiciais aos Estados Unidos do que aos seus parceiros comerciais, incluindo o Brasil.

Reação dos mercados financeiros

Após alcançar recordes recentes, o Bitcoin permaneceu com pouca movimentação após os anúncios de Trump. O mercado cambial, por sua vez, mostra sinais de nervosismo. O euro atingiu seu nível mais forte em relação ao dólar desde 2021, refletindo a avaliação de que a região pode resistir melhor ao cenário de conflito comercial.

Mercados de ações, que reagiram inicialmente ao “Dia da Libertação” em 2 de abril, voltaram a registrar oscilações após o presidente americano adiar várias ameaças tarifárias. Na sexta-feira, as bolsas caíram após máximas históricas, enquanto o dólar se recuperou, indicando uma postura de cautela dos investidores diante da escalada protecionista.

Repercussões das ameaças tarifárias

A postura de Trump tem levado países como França e Alemanha a pressionar a União Europeia a negociar com os EUA, na tentativa de reduzir o impacto da guerra comercial. Segundo a UE, o momento exige diálogo, mesmo com as tensões atuais, e o presidente americano deixou uma porta aberta para negociações futuras.

Especialistas alertam que o mercado financeiro tem dificuldades de precificar com exatidão essa campanha de tarifas, que ainda está em fase inicial e sujeita a mudanças. Ainda assim, a expectativa é de que a volatilidade continue até que novos acordos ou desacordos sejam firmados, com uma atenção especial para o prazo de 1º de agosto, considerado um ponto de possível escalada ou trégua na guerra comercial.

Consequências econômicas e estratégias de enfrentamento

De empresas enviando peixes por avião aos EUA até ações de governos buscando diálogo, a reação das organizações revela a maior preocupação em evitar danos maiores à economia global. No Brasil, por exemplo, o peso mexicano atingiu sua máxima em um ano, cotado a 18,55 por dólar, refletindo a insegurança do mercado diante do cenário de volatilidade mundial.

Com o aumento da tensão, investidores continuam atentos às próximas semanas, aguardando sinais de retomada ou intensificação na política de tarifas dos EUA. A decisão de Trump pode afetar diversas plataformas, desde fluxos comerciais até mercados de capitais, influenciando o ritmo de crescimento econômico global nas próximas semanas.

Para saber mais, acesse este artigo.

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